tag:blogger.com,1999:blog-15208519994402454742024-03-12T16:38:20.699-07:00A Vida dos SantosPágina Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-39704854503261641742012-03-18T18:48:00.001-07:002012-03-18T20:20:22.148-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="color: #660000; text-align: center;"><span style="font-size: x-large;"><b>São José</b></span></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000; text-align: right;"><span style="font-size: x-small;"><b>Luiz Carlos Azevedo</b></span></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhho7JgfiVo7JLJ16ZkBi4KXJopi8Yb_zaQHBGUldvgc-uCNODA02iiKxCsocZSa8wNHkNx0Ou9l2b3ZiVGs_-1i0IF4TPgglfBVgKEup7ryrmWRU6S3sXC97rJYnBgYMDcpLFex_6tNw/s1600/ite-ioseph3.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhho7JgfiVo7JLJ16ZkBi4KXJopi8Yb_zaQHBGUldvgc-uCNODA02iiKxCsocZSa8wNHkNx0Ou9l2b3ZiVGs_-1i0IF4TPgglfBVgKEup7ryrmWRU6S3sXC97rJYnBgYMDcpLFex_6tNw/s400/ite-ioseph3.JPG" width="291" /></a></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;"><span class="titulo">N</span>ão estranhe, leitor, a simplicidade do título. Normalmente é-se levado a acrescentar algum qualificativo que realce este ou aquele aspecto particularmente saliente da vida do santo. Contudo, tratando-se de São José, o pai adotivo do Menino Jesus, o castíssimo esposo da Santíssima Virgem, o Patrono da Igreja Universal, cuja festa a Igreja celebra a 19 de março, qualquer qualificação apoucaria a sua imensíssima grandeza. </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Com efeito, imagine, leitor, se lhe for possível, a fisionomia moral de um varão que teve bastante discernimento e sabedoria para guardar, defender e governar o próprio Deus-Menino e a Virgem Maria. </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Um varão, modelado pela graça do Divino Espírito Santo, para ter proporção com a mais excelsa das criaturas –– Nossa Senhora, sua esposa –– e com Nosso Senhor Jesus Cristo, o Verbo de Deus humanado, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, seu filho legal. Este é São José, descendente de David e, conforme afirma São Pedro Julião Eymard, seu sucessor no trono de Israel, pai adotivo do Filho de Deus. Quanta grandeza! </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Considere-se quantas vezes São José teve nos braços o Menino Jesus, esse Menino-Deus redentor que ele foi o primeiro a adorar, depois de Maria Santíssima! Quantas vezes este Menino se terá voltado para ele e indagado: “Papai, como devo fazer tal coisa?” E São José teve os lábios suficientemente puros e a humildade suficientemente grande para, sabendo ser Deus o interrogante, responder aconselhando... </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Imagine-se agora quantas e quantas vezes Nossa Senhora se voltou solícita para servir ao seu esposo, chefe da Sagrada Família! Estamos em presença de realidades que, sob aparências simples e naturais, são tão desproporcionadas com o resto dos homens, que não podemos sequer fazer idéia delas. Tal é a intimidade desse santo varão com Nossa Senhora, e como Verbo de Deus Encarnado, que sua sublimidade é simplesmente inimaginável, excedendo toda cogitação humana. Somente no paraíso celeste teremos noção de sua altíssima perfeição.</span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><br />
</div><div class="subtitulo" style="color: #660000;"><i><b><span style="font-size: large;">São José e o silêncio </span></b></i></div><div class="subtitulo" style="color: #660000;"><br />
</div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Os Santos Evangelhos, habitualmente tão cheios de elevada simplicidade em suas narrações, tornam-se ainda mais sóbrios quando tratam de São José. São Mateus nos diz, a respeito dele, estas poucas palavras: <i>“Ele era um homem justo” </i>(1, 18-20). São José é todo ele envolto em silêncios, ele inspira o silêncio, o silêncio é sua atmosfera própria. É no silêncio da noite que, repetidas vezes, durante o sono, Deus lhe manifesta seus misteriosos desígnios. Assim foi a respeito do mistério da Encarnação do Verbo no claustro virginal de sua Santíssima Esposa (cfr. Mí. 1, 18-25), assim foi quando da fuga para o Egito e do retorno. O sono, esse grande silêncio da natureza, era o templo onde São José ouvia a voz do Céu! </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Toda essa atmosfera de silêncio que o envolve parece ser uma homenagem da palavra humana quando ela abdica de qualquer louvor diante do inexprimível, do insondável. </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Hoje em dia, quanta gente fala aos borbotões sem ter nada para dizer, dissimulando no estrepitoso de sua linguagem, como na turbulência de suas vidas, o vazio de seus pensamentos e sentimentos. O castíssimo São José, que teria tantas coisas a nos dizer, guarda o silêncio! Talvez porque não queiramos ou não saibamos ouvi-lo. Ele conserva no fundo de si mesmo as grandezas que contempla. Nossos contemporâneos miseravelmente se deixam arrastar pelo fascínio das ninharias. São José, contudo, permanece em paz, senhor de sua alma e na posse de seu silêncio.</span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><br />
</div><div class="subtitulo" style="color: #660000;"><i><b><span style="font-size: large;">Na Intimidade da Sagrada Família</span></b></i></div><div class="subtitulo" style="color: #660000;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj1eHQ_WWrk_JIlqKWwL9wHnvXRMLTwkgORTN1uEdBhIZjk28F7M3Z_AyekdNlI7AN3-rzjsNbkUoXDlVELvCcDBLdLiSB1e4LwUdFMwU2WOIWd9zKZx8MHBbVELdZn7kt5GXG7h_xmw/s1600/StJosephbyGerritVanHonthorst1620+-+C%C3%B3pia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgj1eHQ_WWrk_JIlqKWwL9wHnvXRMLTwkgORTN1uEdBhIZjk28F7M3Z_AyekdNlI7AN3-rzjsNbkUoXDlVELvCcDBLdLiSB1e4LwUdFMwU2WOIWd9zKZx8MHBbVELdZn7kt5GXG7h_xmw/s320/StJosephbyGerritVanHonthorst1620+-+C%C3%B3pia.jpg" width="320" /></a></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Quantas reflexões nos sugere o intensíssimo convívio de Jesus, Maria e José na santa casa de Nazaré. Que mistérios ter-se-ão revelado diante dos olhos deste homem a quemJesus obedecia? O que discernia São José nas ações de Jesus e de Maria? Estas ações, envoltas em simplicidade, assumiam sem dúvida a seus olhos dimensões incomensuráveis. E quando a palavra humana é chamada a se pronunciar e o homem se declara incapaz de exprimir o que traz no fundo da alma, então ele se põe de joelhos e o silêncio se levanta de dentro dele. Uma vez mais, São José envolto em seú silêncio... </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">O que o Evangelho narra de Nosso Senhor, que “Ele crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens” (Lc. 2,52), de certo modo se pode dizer de toda a Sagrada Família. </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Em certo momento, a Providência chamou a Si aquele varão virginalíssimo, que foi assistido em seu transe derradeiro por Nosso Senhor e Nossa Senhora, os quais, até o último momento, pessoalmente ajudaram São José a elevar sua alma até aquele pináculo de perfeição moral para o qual fora criado. Um grau deperfeição tão alto e alcandorado que, acima dele, só contemplamos a Santíssima Virgem e Nosso Senhor Jesus Cristo. José havia atingido a sua plenitude de “sabedoria, idade e graça”... Por isso, em razão de toda essa assistência que recebeu, São José é merecidamente tido como o padroeiro por excelência da boa morte. </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Jesus, Maria, José, três auges inimagináveis de perfeições desiguais que se amavam reciprocamente e se interpenetravam, constituindo uma ordem hierárquica admiravelmente inversa: o chefe da Sagrada Família no plano humano era o menor na ordem sobrenatural; e aquele Menino, que devia obediência a Maria e a José, era o próprio Deus! Realiza-se aqui uma harmonia de desigualdades tão sublime como nunca houve nem haverá em toda a criação. </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Quanta grandeza! </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><br />
</div><div class="subtitulo" style="color: #660000;"><i><b><span style="font-size: large;">Mártir da grandeza </span></b></i></div><div class="subtitulo" style="color: #660000;"><br />
</div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Falei da grandeza de São José. Como foi ela recebida pelos homens de seu tempo? Diz o Evangelho: <i>“E (Maria) deu à luz o seu Fiho primogênito, e o enfaixou, e reclinou numa manjedoura: porque não havia lugar para eles na estalagem” </i>(Lc. 2, 7). </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;"><i>"Não havia lugar para eles na estalagem". </i>A frase encerra uma verdade amarga. Os homens têm uma particular dificuldade em receber aquilo que é grande, por causa de sua mediocridade. Por vezes somos levados a achar que o gosto do homem está em tratar com o que é importante, elevado, sublime. </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Infelizmente, neste vale de lágrimas, o grande apego do homem não é à grandeza, nem mesmo à riqueza, mas à mediocridade, particularmente se há nela um misto de bem e de mal, com um sabor mais acentuado de mal que de bem. Há uma tendência profunda no homem para a banalidade, avessa a toda forma de grandeza e de sublimidade. É a herança que nos vem do pecado original e que cresce com nossos pecados atuais. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS_Lga0zjzpJrZrjdIB2hRgKWsBLptuo6GH-hEZq1u3vUser6dywD3JacbQi2kPq45a2iY3v47mb2_p-bBMq5tnnANfiomjlDUq-ONhkD-zMECQzrRDzkEW2ODAEQB1Y_FKbL3R6sSXA/s1600/Sagrada_Familia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS_Lga0zjzpJrZrjdIB2hRgKWsBLptuo6GH-hEZq1u3vUser6dywD3JacbQi2kPq45a2iY3v47mb2_p-bBMq5tnnANfiomjlDUq-ONhkD-zMECQzrRDzkEW2ODAEQB1Y_FKbL3R6sSXA/s320/Sagrada_Familia.jpg" width="298" /></a></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Então se compreende por que não havia vontade de ceder lugar à Sagrada Família! Tanto mais que aquele nobilíssimo casal conservava, ao lado de um aspecto de excelsa bondade, um ar de grande majestade. Era um casal sumamente distinto, mas pobre. </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Ora, aceitar que outros tenham distinção com riqueza, vá lá, pois a segunda faz perdoar a primeira, e o interesse em conseguir dinheiro incute uma vontade de bajular, que faz as vezes de respeito. Mas, quando se está diante do pobre que tem uma grande distinção, a qual resulta de um grau de virtude assinalada, então é a recusa. </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Alguém poderia, talvez, objetar: mas, e se aquele povo soubesse que Nossa Senhora estava para dar à luz o Menino Jesus? </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">–– Também não receberia o santo casal! </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">O Menino Jesus era parecido com Nossa Senhora, era seu filho... São José também, por sua altíssima virtude, parecia-se moralmente com Ele. Aquela sociedade não queria Nossa Senhora, nem São José, nem o Menino. Apetecia a vulgaridade e a riqueza. Ora, estes não tinham nem uma, nem outra, pois eram nobres e pobres. Resultado: essa é a primeira recusa do povo, o primeiro momento em que Nosso Senhor, já na Terra, por meio de São José batia às portas dos homens sendo recusado. </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Nessa rejeição, São José encontrava uma grande glória. Ele representava algo que a vulgaridade e o espírito prosáico dos judeus de então detestava. Deu-se aí o primeiro lance de seu martírio: conduzir Nossa Senhora a uma gruta, própria de animais, onde o Menino nasceu. </span></div><div class="corpo" style="color: #660000;"><i><span style="font-size: large;"><b>São José, mártir da grandeza, rogai por nós!</b> </span></i></div><div class="subtitulo"><br />
Fonte: Revista de Cultura Catolicismo - Março de 1993.</div><b> </b> </div>Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-21119342178544598142012-03-04T18:46:00.002-08:002012-03-04T19:13:57.219-08:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"> <span style="font-size: x-large;"> <b><span style="color: #660000;"> São Casimiro, filho do rei da Polônia</span></b></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> <b> *Pe Croiset</b></span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt;"><span style="color: #660000; font-size: large;"><b><span style="font-size: small;"> </span></b></span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> São Casimiro era filho de Casimiro III, rei da Polônia e grã-duque da Lituânia, e de Isabel de Áustria, filha do Imperador Alberto, rei da Hungria e Boêmia. Nasceu em Cracóvia no dia 5 de outubro de 1458, e foi formado desde o berço na virtude e na piedade pelos cuidadosos desvelos da rainha sua mãe, uma das mais religiosas princesas do seu século.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqvG16nJR6jXT9v0ry920AAGjytNIQepLJBhF0t6AbdYGqKZxdG-7VPIKgHMEVOTh_4-VKfLHdGzDkO9vseGnloZ1VIrXwQaH5-uUwxUY5jj-18lOQsxVuGBsWyvH10HpVQQ-u9YJiWg/s1600/San_Casimiro_G.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqvG16nJR6jXT9v0ry920AAGjytNIQepLJBhF0t6AbdYGqKZxdG-7VPIKgHMEVOTh_4-VKfLHdGzDkO9vseGnloZ1VIrXwQaH5-uUwxUY5jj-18lOQsxVuGBsWyvH10HpVQQ-u9YJiWg/s640/San_Casimiro_G.jpg" width="369" /></a><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> A índole natural de Casimiro facilitou a sua educação; e o seu talento vivo e penetrante realizou em muito pouco tempo maravilhosos progressos na ciência. Porém mais rápidos e admiráveis foram os que fez na virtude. É difícil imaginar mais inocência, mais devoção, num príncipe de tenra idade. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> O brilho duma das mais ilustres famílias da Europa, longe de fasciná-lo, nem sequer lhe mereceu um momento de atenção: Filho de rei, irmão de rei, e eleito ele próprio rei da Hungria , nunca estimou senão a augusta qualidade de cidadão do céu, único título que se dava a si mesmo.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Inimigo dos mais ordinários e mais honestos divertimentos, nada encontrava mais doce e do seu agrado do que passar largas horas na Igreja ao pé dos altares, fazendo corte, como ele dizia, a Jesus Cristo; encontrava todo o desenfado do passeio, do jogo e da caça.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Era tão particular e tão terna a devoção que o bem-aventurado jovem professava à sagrada Paixão do Senhor, que ao ouvir falar das dores e dos tormentos que se lhe representaram no Horto e padeceu no Calvário, ao considerar aquele excesso de amor que O fez vítima de nossos pecados, só com pôr os olhos no crucifixo, se lhe arrasavam os olhos de lágrimas, e não poucas vezes caía numa espécie de delíquio, que parecia verdadeiro desmaio.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Não houve, nem haverá predestinado algum que não professe uma terníssima devoção à Santíssima Virgem; a de São Casimiro a esta Rainha dos escolhidos era extraordinária. Chamava-a sua boa Mãe, e falava Dela sempre com excessiva ternura e nos termos mais enérgicos, para manifestar o respeito e o ardente amor que lhe consagrava. Para desafogar em parte a sua ardente devoção à Imperatriz dos Anjos, além de doutros muitos devotos exercícios, que lhe eram familiares, compôs em sua honra, sendo ainda muito jovem, uma espécie de prosa rimada, cheia dos mais ternos afetos do seu coração, da qual damos a tradução:</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> <i>“Não deixes passar, ó minha alma, dia algum sem render os teus respeitos a Maria; soleniza com devoção as suas festas, celebra as suas assombrosas virtudes.</i></span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Admira a sua grandeza e a sua elevação sobre todas as criaturas; não cesses de publicar a dita que teve de ser Mãe de Deus sem deixar de ser Virgem.</span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Honra-a como tua Rainha, para que te alcance o perdão dos pecados; invoca-a como tua boa Mãe, e não permitirá que sejas arrastado pela torrentes das paixões.</span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Ainda que sei muito bem que Maria está acima de todo o louvor, também sei que é impiedade, que é loucura deixar de a louvar.</span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Ela deve ser singularmente amada e exaltada por todos os homens; e não deveríamos jamais cessar de louvá-la, bendizê-la e invocá-la. </span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Virgem Santa, ornamento e glória do vosso sexo, Vós sois reverenciada em toda a terra, e estais colocada tão elevadamente no céu...</span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Dignai-vos ouvir as orações dos que se gloriam em cantar os vossos louvores; alcançai-nos o perdão dos nossos pecados, e fazei-nos dignos da felicidade eterna.</span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Deus vos salve, Virgem e Mãe, pois por vós se nos abriram a nós miseráveis as portas do céu, por vós a quem a antiga serpente não pôde morder nem enganar.</span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Depois de Deus ninguém teve maior que vós em a nossa redenção; por isso pomos em vós toda a nossa confiança, e esperamos por vossa santa intercessão que não nos há de tocar a infeliz sorte dos réprobos.</span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Livrai-me desse lago de fogo, onde se padecem todos os tormentos, e obtende-me por vossas orações um lugar na estância feliz dos bem-aventurados.</span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Alcançai-me uma pureza inalterável, uma modéstia que edifique, um doçura universal, uma devoção constante, uma prudência verdadeira, um coração sem artifício e um espírito reto.</span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Desterrai do meu coração todo o sentimento de aversão ou de tibieza; acendei nele uma caridade perfeita; extingui todo o sentimento, toda a inclinação da concupiscência; consegui-me a perseverança final, e que eu ache em Vós toda a assistência que for necessária contra os inimigos da minha eterna salvação!”</span></span></i></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Da notável simplicidade deste hino ressaltam bem os ternos afetos do santo príncipe para com a Mãe de Deus. Não contente com o rezar todos os dias em forma de oração, quis ser enterrado com ele, e cento e vinte anos depois de sua preciosa morte foi encontrado na sepultura debaixo da sua cabeça.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Os doze anos que lhe restaram de vida dedicou-os inteiramente a santificar-se cada vez mais pela prática de todas as virtudes, e especialmente pelo exercício duma rigorosíssima penitencia. Trazia sempre um áspero cilício; o seu jejum era perpétuo; dormia no chão ao pé da riquíssima cama que só era de honra e de respeito, passando de ordinário na oração a maior parte da noite.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Ainda que jovem de galharda disposição, e criado entre as delícias da corte, conservou até expirar a sua primeira inocência. Fez voto de perpétua castidade logo que teve a idade e reflexão para conhecer o que vale esta heróica virtude.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTyU5JJwY-84YVnRbCt0HZnFnc4KFsEC0KlskETV9dbFRqXqCqfRGm7lhTwS4IEekE6AaOEhKjrdwlkIddzspppI-T4NHmrBfWmzU1NNqLceoa-kCTl38w4eE4mfn81kTL0eiLwXSAwA/s1600/s%C3%83O+cASIMIRO.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTyU5JJwY-84YVnRbCt0HZnFnc4KFsEC0KlskETV9dbFRqXqCqfRGm7lhTwS4IEekE6AaOEhKjrdwlkIddzspppI-T4NHmrBfWmzU1NNqLceoa-kCTl38w4eE4mfn81kTL0eiLwXSAwA/s320/s%C3%83O+cASIMIRO.JPG" width="255" /></a></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Vã mente o quiseram persuadir e instaram com ele a que se casasse; não houve razão, nem de estado, nem de família, nem da própria saúde que vencesse a constância do bem-aventurado jovem, em conclusão, quis antes perder a vida que a virgindade. Já estava o santo príncipe muito maduro para o céu. Não parecia justo que a terra possuísse por mais tempo um tesouro tão precioso, que o mundo não era digno.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Ao lento, porém maligno ardor duma febre contínua foi-se dispondo com muito tempo para a morte. Redobrou a devoção e fervor; e tendo recebido os últimos sacramentos com extraordinário piedade, chegado enfim o dia 4 de março de 1483, aos vinte e três anos e cinco meses de idade, teve a morte dos justos em Wilna, capital do gran-ducado da Lituânia, de quem era senhor. Logo quis Deus patentear a santidade do seu fiel servo com muitos milagres.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">P Papa Leão X terminou o processo de sua canonização com a maior solenidade, sendo desde então reconhecido por singular protetor da Lituânia e da Polônia. No ano de 1604, cento e vinte depois da sua ditosa morte, foi encontrado inteiro e incorrupto o sagrado corpo; e na descrição autêntica desta maravilha, que com autoridade do bispo de Wilna se fez na presença de todo o cabido e dos principais daquela cidade, diz-se que os preciosos vestidos com que foi enterrado se acharam tão inteiros e tão novos, como se lhe tivessem sido postos naquele mesmo dia, embora a umidade do sítio houvesse penetrado as pedras da abóbada e as proximidades do sepulcro. Acrescenta-se que por espaço de três dias se notou uma admirável fragrância em toda a igreja, e que se achou debaixo da cabeça do Santo a devota prosa ou hino em honra da Santíssima Virgem, que acima traduzimos, escrito todo de seu punho, e que ainda se conserva como preciosa relíquia.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: #660000; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> O antigo autor da sua vida diz que se invoca a intercessão de São Casimiro principalmente para obter de Deus o dom da castidade, para ser preservado da peste e contra as incursões dos infiéis.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">(Livro Ano Cristão – Volume III, mês de Março)</span></span></div><div class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Digitalização: Hypolito Neto – Página Católica Pe David Francisquini.</span></span></div></div>Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-21055676526261686592012-02-02T04:02:00.000-08:002012-02-02T04:25:51.933-08:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: center;"><span style="font-size: 16pt;"><strong><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #660000;">A popular bênção de São Brás contra enfermidades<o:p></o:p></span></span></strong></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 247.8pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #660000;"> Pe. David Francisquini</span> </div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;"><br />
</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA22aBOZWpSVzGMVby25xaG58F33gtrzmjQgKv2VrQ5EV_EQzIjicFWrvyYb31nX14cLUt_eIoWZSvHPMQPGaHT392MsSMA_Otdq8ciySA0CwMAHY8btSdFV6fzkHb5Ycl3j0xeH0Olw/s1600/S%C3%A3o+Braz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA22aBOZWpSVzGMVby25xaG58F33gtrzmjQgKv2VrQ5EV_EQzIjicFWrvyYb31nX14cLUt_eIoWZSvHPMQPGaHT392MsSMA_Otdq8ciySA0CwMAHY8btSdFV6fzkHb5Ycl3j0xeH0Olw/s400/S%C3%A3o+Braz.jpg" width="357" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-indent: 27pt;"><span style="color: #660000; font-size: large;">São Brás foi bispo de Sebaste (Turquia), martirizado no ano de 316, sempre <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>invocado para solucionar os males de garganta. Sua festa dá-se a 3 de fevereiro, quando as velas de cera a serem bentas seguem as normas do Ritual Romano. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Procede-se a cerimônia predispondo duas velas em forma de cruz presas por uma fita vermelha, lembrando o seu martírio, auge de heroísmo e amor em defesa da fé católica. Não fazendo nenhuma concessão aos erros que se opõem à doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo, tornou-se modelo de bispo, cheio de vigilância e de incansável zelo pelas suas ovelhas. Modelo de pastor e pontífice, não hesitou um instante sequer na defesa intrépida da fé e enfrentou corajosamente o martírio, derramando seu sangue para confirmar no bom caminho a <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>grei<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que Deus providencialmente lhe confiou.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-indent: 27pt;"><span style="color: #660000; font-size: large;">Habitualmente os pais levam os seus filhinhos à igreja para evitar esses freqüentes males em tão tenra idade. Sou testemunha de muitos casos insolúveis em que as crianças foram agraciadas com a intercessão e ajuda do poderoso santo. Não só os pequeninos recebem sua proteção, mas também os adultos. Pena que tão salutar e aconselhável costume é relegado à poeira do passado. Em conseqüência do relaxamento religioso e avidez de inovações, guiado pelo revanchismo e preconceito de tachar os hábitos tradicionais de velharias emboloradas, as igrejas ficam vazias, enquanto os fiéis vão em busca de solucionar seus problemas em lugares escusos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-indent: 27pt;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYJn8WafG32xgqrQ-Z4VEL6KBWPR85LTvERNt9E_rn8-0MiEysy8ok7XEisHJ5kwlItlh58_IRgYDPwNbUCTCWGx6sLbenEUvXq8PC0bJaXlKl9-YS_AkO8r7Uh9JfePjuCmlk20TSWA/s1600/361.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYJn8WafG32xgqrQ-Z4VEL6KBWPR85LTvERNt9E_rn8-0MiEysy8ok7XEisHJ5kwlItlh58_IRgYDPwNbUCTCWGx6sLbenEUvXq8PC0bJaXlKl9-YS_AkO8r7Uh9JfePjuCmlk20TSWA/s320/361.jpg" width="320" /></a><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De acordo com o Ritual Romano, o ministro da Santa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>igreja, ao abençoar as velas em honra de São Brás, passa a <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>invocar a Deus Onipotente, pleno de ternura e bondade, criador das variedades dos seres que, para renovar o próprio homem, e torná-lo <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>participante da graça divina, veio a esse mundo o Filho unigênito do eterno Pai. Ele se encarnou e se fez homem para fazer bem à humanidade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>inteira. Esse mesmo Deus<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>imenso, digno de temor e de todas as homenagens, se dignou ainda fazer tantas maravilhas, instituiu a maravilha das maravilhas que é a Santa Igreja Católica. Ela, sendo a Esposa mística de Cristo,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>recebeu do Seu divino Fundador o poder<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>incomparável <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de salvar as almas. A<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Igreja, nessa data, lembra ainda a Deus a fé de São Brás que a proclamou sem temor, enfrentando os <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tormentos mais variados e conquistou assim, para si, a palma do martírio, sendo exemplo e modelo de bispo. Além de outras graças lhe conferiu o dom dos milagres, por sua virtude de curar os males da garganta. Humilde e confiante o ministro de Deus se volta para a Majestade infinita, implorando para não olhar as nossas culpas mas seja aplacado por sua venerável bondade e pede ao bom Deus abençoar e santificar esta cera, criatura Vossa e infundir nela a graça divina e em que todos aqueles cujos pescoços forem tocados por ela, com fé, fiquem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>livres de toda doença da garganta pelos merecimentos do martírio do santo e receba<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>saúde,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>alegria e as graças e que dentro do redil de Jesus Cristo possam sempre louvar a esse Deus que é glorioso por todos os séculos. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-indent: 27pt;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGtwtYwFgueVxkegxUejtdLzoV0xreFso18Yy3-AfWS49_8yhTWadzwINz82OY27T_Hr89EMCfwSXe8Yzc79GoE71nI1l_ORtTM4Ezz4LibKUkeQp7W2WS2v3BLUpPs66ooasnCkU8Kg/s1600/ben%C3%A7%C3%A3o+de+SB.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGtwtYwFgueVxkegxUejtdLzoV0xreFso18Yy3-AfWS49_8yhTWadzwINz82OY27T_Hr89EMCfwSXe8Yzc79GoE71nI1l_ORtTM4Ezz4LibKUkeQp7W2WS2v3BLUpPs66ooasnCkU8Kg/s400/ben%C3%A7%C3%A3o+de+SB.jpg" width="282" /></a><span style="color: #660000; font-size: large;">Por sua vez, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o padre asperge com água benta as velas que são <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>impostas <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ao pescoço de cada fiel, em forma de cruz dizendo a seguintes palavras: “Pela intercessão de São Brás, bispo e mártir, livre-te Deus dos males da garganta ou de qualquer outra doença. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém”. O sacerdote abençoa cada um, traçando uma cruz, com a mão direita.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-indent: 27pt;"><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Convém ainda ressaltar que a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Igreja, nossa Mãe, para enriquecer essa festa, instituiu uma outra bênção para beneficiar as almas, com os dons divinos, podendo ainda abençoar a água potável, pães, vinho e frutas e todos aqueles que fizerem um bom uso desses alimentos recebam a saúde da alma e do corpo em honra do glorioso santo. A<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Igreja, verdadeira mãe, se preocupa dedicadamente sanar e aliviar as mazelas que atormentam a alma e o corpo de seus filhos e ajudá-los misericordiosamente a confiar na ajuda do céu.<o:p></o:p></span></span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></div>Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-6421635582960537982012-02-01T16:04:00.000-08:002012-02-01T16:06:38.315-08:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="titulo" style="text-align: center;"><strong><span style="color: #660000; font-size: x-large;">São João da Mata</span></strong></div><div class="titulo" style="text-align: center;"><strong><span style="color: #660000; font-size: x-large;">Fundador da Ordem da Santíssima Trindade</span></strong></div><div class="autor"><strong> </strong></div><div class="autor"><strong> Plinio Maria Solimeo</strong></div><div class="titulo" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="olho"><strong><span style="color: #660000; font-size: large;">A Providência suscitou este santo fundador dos trinitários no final do século XII, para romper as cadeias dos cativos cristãos em terras muçulmanas</span></strong></div><div class="olho"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="olho"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh15quW6ah2TpX1t8cpczv6mxv-HoHDn5F7VMUppLsYfnSs5SnLtQReDHlco8a6WVLusChuS0V_Ilh-n_RJXU3M9-zLJoYeI7VNtIp1jGrvK5319F5P_xDcHJs6ME8Db1wABENRux1ioA/s1600/S%C3%A3o.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh15quW6ah2TpX1t8cpczv6mxv-HoHDn5F7VMUppLsYfnSs5SnLtQReDHlco8a6WVLusChuS0V_Ilh-n_RJXU3M9-zLJoYeI7VNtIp1jGrvK5319F5P_xDcHJs6ME8Db1wABENRux1ioA/s400/S%C3%A3o.png" width="247" /></a><span style="color: #660000; font-size: large;"> Vivia-se então na época heróica das cruzadas. Na Espanha e no Oriente os cristãos lutavam sem cessar contra os inimigos da cruz, e muitos caíam vivos em seu poder. Além disso, os piratas mouros infestavam as costas do Mediterrâneo, capturando navios e atacando pequenas cidades do litoral, para levar como escravos toda pessoa válida que encontravam. Em Túnis, no Marrocos, em Trípoli, no Egito e na Síria os calabouços e os porões das casas particulares estavam repletos de cristãos que, amontoados, maltratados, mal vestidos e pior alimentados, corriam grande perigo espiritual. Era preciso fazer algo para aliviar essa terrível tragédia. Foi o que realizaram São João da Mata e São Félix de Valois fundando a <em>Ordem da Santíssima Trindade para a Redenção dos Cativos.</em> </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span></div><div class="olho"><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<br />
</div><div class="subtitulo"><em><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong>Voto de castidade aos dez anos</strong></span></em></div><div class="subtitulo"><br />
<br />
<br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnjMGYbSr9FL7tlvTiwV6ydfP7KlQkVVK5gVQRM4FiXebIdWVqNkwYx0HIl3aP0kPW3grRKoJD-h6PEuqn7HVLdjjhspQR8NmF_HpZ_6eDM6q1T7FVpHmtAcVE78K4c38UNUbydo_5wQ/s1600/voto.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnjMGYbSr9FL7tlvTiwV6ydfP7KlQkVVK5gVQRM4FiXebIdWVqNkwYx0HIl3aP0kPW3grRKoJD-h6PEuqn7HVLdjjhspQR8NmF_HpZ_6eDM6q1T7FVpHmtAcVE78K4c38UNUbydo_5wQ/s400/voto.png" width="281" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="legenda"><strong>A Ordem e a Regra dos Trinitários foi aprovada </strong></span><br />
<span class="legenda"><strong>pelo Papa Inocêncio III</strong></span></td></tr>
</tbody></table><div class="titulo" style="text-align: left;"><span style="color: #660000; font-size: large;"> São João da Mata é originário de Faucon, pequena cidade da Provença, na França, filho do barão Eufêmio da Mata e de Marta, descendente de uma das maiores famílias da região. Nasceu no dia 23 de junho, véspera da festa de São João Batista no ano de 1160, recebendo o nome do precursor. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Pouco antes de ele nascer, sua mãe rezava fervorosamente a Deus pedindo um feliz parto, quando lhe apareceu a Santíssima Virgem, revelando-lhe que o menino que trazia no seio seria um assinalado redentor dos cativos. A influência que essa mãe profundamente cristã teve sobre seu filho foi grande.</span></div><div class="titulo" style="text-align: left;"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Tendo apenas dez anos de idade, João fez voto de castidade. O barão, entretanto, apesar de muito religioso, tinha grande esperança no futuro desse filho muito bem dotado para o estudo. Queria que estudasse humanidades e fizesse uma boa carreira no mundo. Para isso mudou-se para Marselha, onde João fez seus primeiros estudos, indo depois para Aix, também na Provença, célebre então por seus bons professores.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Cursou depois a sagrada teologia na célebre universidade de Paris, onde ligou-se em estreita amizade com um jovem professor italiano, João Lotário, a quem predisse que se tornaria Papa. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Certa vez em que tinha de sustentar uma tese difícil e complicada, resolveu as dificuldades teológicas com tal desenvoltura e precisão, que seus mestres ficaram pasmos de admiração.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Doutorando-se em teologia, recebeu as ordens sacras. Quando o bispo lhe impunha as mãos no momento de sua ordenação sacerdotal, viu-se uma coluna de fogo repousar sobre sua cabeça. Todos compreenderam que a Providência Divina tinha grandes desígnios para o jovem sacerdote.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<br />
</div><div class="subtitulo"><strong><em><span style="color: #660000; font-size: large;">Deus indica em êxtase sua missão</span></em></strong><br />
<br />
</div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifAWoeGJ-XxVII0x8diJ_5e_qFptqQV7CK7iwIrRZsc4VWegQ3t0eTRIqCP80pivC3Go7wF0QQCuDO9lBoF40di3YurPdF7FcZp9cuXbF6JKDKLeONmnFzC34Li5JMx0ZiurTX86gwVw/s1600/missa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifAWoeGJ-XxVII0x8diJ_5e_qFptqQV7CK7iwIrRZsc4VWegQ3t0eTRIqCP80pivC3Go7wF0QQCuDO9lBoF40di3YurPdF7FcZp9cuXbF6JKDKLeONmnFzC34Li5JMx0ZiurTX86gwVw/s400/missa.jpg" width="272" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="legenda"><strong>Missa celebrada por São João da Mata</strong></span></td></tr>
</tbody></table><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Quando São João da Mata celebrava a primeira missa – em presença do bispo de Paris, dos abades de São Vítor, de Santa Genoveva e de grande público -- entrou em êxtase e viu sobre o altar um anjo vestido com um hábito branco, com uma cruz encarnada e azul no peito, tendo a seu lado dois cativos com gestos suplicantes. Compreendeu que deveria fundar uma ordem religiosa para redimir os cativos da tirania dos sarracenos, e depois o bispo D. Maurício de Sully, a quem contou a visão, também assim o interpretou. O bispo o incentivou a ir a Roma apresentar seu pedido ao Pai comum dos fiéis.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Mas antes São João da Mata quis preparar-se para essa grande missão, no isolamento e na meditação. Movido por um impulso interior, foi para as montanhas da diocese de Meaux, onde encontrou um solitário, São Félix de Valois, vivendo na oração e penitência. Também este havia ouvido uma voz interior, que o convidava a deixar a solidão e a procurar socorrer os desgraçados cativos dos mouros. Conferindo um com o outro esse chamado sobrenatural, resolveram dedicar-se à oração, à espera de algum sinal que o confirmasse. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Essa espera durou três anos. Num dia em que estavam entregues à oração, viram um cervo branco que tinha entre os chifres uma cruz, com as mesmas cores do hábito do anjo que aparecera a São João da Mata. Viram nisso o sinal esperado, e partiram para Roma a fim de apresentar ao Papa seu plano.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Nesse meio tempo fora eleito o novo Pontífice, Inocêncio III, que não era senão o padre João Lotário, antigo professor em Paris, com apenas 36 anos de idade.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> O Soberano Pontífice submeteu ao exame do Sacro Colégio esse projeto, ao qual deu muita importância. Também quis interessar a piedade dos fiéis por essa obra de salvação, pedindo orações especiais. Com o mesmo fim, foi celebrar a santa Missa na basílica de Latrão. Diz a tradição que, na hora da consagração, Inocêncio III teve a mesma visão do anjo com os dois cativos, que tivera São João da Mata, o que o fez decidir-se pela aprovação da ordem. O próprio Papa impôs o hábito branco aos dois santos, nascendo assim a <em>Ordem da Santíssima Trindade para a Redenção dos Cativos</em>. Desse modo, mesmo antes que as constituições fossem escritas, a obra de São João da Mata e de São Félix de Valois foi reconhecida como uma das grandes instituições da Igreja.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> O Sumo Pontífice encarregou o bispo de Paris e o abade de São Vítor de escreverem as constituições da nova ordem. Além da redenção dos cativos, os trinitários deveriam dedicar-se também aos mais desprovidos e ao cuidado dos doentes.</span></div><div class="corpo"><br />
<br />
<br />
</div><div class="subtitulo"><strong><em><span style="color: #660000; font-size: large;">Conhecido como o “Apóstolo da Dalmácia”</span></em></strong><br />
<br />
</div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Curiosamente, os primeiros membros a serem admitidos na nova ordem religiosa não foram franceses, mas os ingleses Roger Dees e João, <em>o Inglês</em>, e um escocês, Guilherme Scot, antigos condiscípulos de João da Mata.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> São João da Mata desejava ser dos primeiros a atravessar o mar para resgatar cristãos, mas o Papa, temendo que ele fosse vítima de seu zelo, deu-lhe outra missão, com perda para toda a ordem; fazer retornar a paz nas igrejas da Dalmácia e da Sérvia. Em virtude disso, ele ficou conhecido como apóstolo da Dalmácia.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Entrementes Guilherme Scot e João, <em>o Inglês,</em> voltaram do Marrocos, trazendo os primeiros 186 escravos resgatados.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> São João da Mata, para dispor de auxiliares que coletassem as esmolas e o auxiliassem nos trabalhos de retaguarda, fundou a <em>Confraria da Santíssima Trindade</em>, constituída por leigos.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Quando a ordem cresceu o suficiente, o santo quis socorrer também os cristãos italianos aprisionados em Túnis e Trípoli. Acompanhado de alguns dos seus, partiu para Tunis, onde pôde observar que, sendo a cidade mais pobre que as do Marrocos, seus habitantes eram ainda mais selvagens e primitivos, o que redundava em serem muito mais cruéis e desumanos para com os cristãos.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Vendo o zelo com que o santo incitava os cristãos a morrer antes que abandonar a fé, os sarracenos procuraram vingar-se dele. Certo dia, quando o encontraram só, caíram sobre ele com porretes, deixando-o estendido no chão esvaindo-se no próprio sangue. Mas Deus conservou milagrosamente sua vida, e ele entregou-se então com novo ardor ao apostolado.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<br />
</div><div class="subtitulo"><strong><em><span style="color: #660000; font-size: large;">Abençoa o futuro São Fernando III, o Santo</span></em></strong><br />
<br />
</div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> O santo ouviu então outro apelo: o da Espanha, cujo território em grande parte estava em poder dos muçulmanos, com os mesmos problemas que nos outros lugares, e para lá foi. Dom Alonso, rei de Castela, apresentou-lhe então sua família, pedindo que a abençoasse. Vendo o infante de sete anos de idade, predisse que ele estava destinado a expulsar os mouros de quase toda a Espanha. Foi o que sucedeu, pois o menino não era senão o futuro Fernando III, o Santo, que não perdeu nenhuma batalha contra os mouros. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0BPbJQEZ0MfF5W03_FhdfI5ub12P-kiN3iOaDwdozoInHhwjnWDvRyguIM3UKchL9p1kOyBoE4YgXNLPHusLtr3jKEe3BL2D9zRkl6t3yq0MeP8K7nOBDz7xOBLjV7UES01jKvk2gTQ/s1600/Tunis.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0BPbJQEZ0MfF5W03_FhdfI5ub12P-kiN3iOaDwdozoInHhwjnWDvRyguIM3UKchL9p1kOyBoE4YgXNLPHusLtr3jKEe3BL2D9zRkl6t3yq0MeP8K7nOBDz7xOBLjV7UES01jKvk2gTQ/s400/Tunis.jpg" width="277" /></a></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Em outra viagem a Túnis, os muçulmanos duplicaram o resgate que haviam antes combinado pelos prisioneiros. No momento em que estavam embarcados para voltar à Europa, os infiéis invadiram o navio, quebrando e rompendo tudo, inclusive remos e velas. São João da Mata pôs então seu manto como vela, e erguendo seu crucifixo, suplicou à Estrela do Mar que lhes fosse propícia. Uma multidão entusiasmada viu chegar a embarcação no porto de Óstia, sem maiores problemas. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Nessa ocasião chegou a Roma D. Rodrigo, bispo de Toledo, com a missão de obter reforços para auxiliar os cristãos comandados pelo rei Dom Alonso, contra nova investida dos mouros. São João da Mata escolheu seus mais corajosos súditos para assistirem os soldados da cruz. No memorável dia 16 de julho de 1210, os dois exércitos se encontraram na planície de Tolosa. Os cristãos, como leões, lançaram-se sobre os mouros, obtendo estupenda vitória. Mas foi preciso depois cuidar dos mortos e feridos, e dessa tarefa encarregou-se a caridade de São João da Mata.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Coroado de glória, São João da Mata faleceu no dia 17 de dezembro de 1213, tendo antes a alegria de ver seus filhos espirituais penetrarem na Ásia com os intrépidos cruzados de Jerusalém.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span></div><br />
<div class="nota"><span style="color: #660000;">Obras consultadas:</span></div><div class="titulo" style="text-align: center;"><span style="color: #660000;"> </span></div><div class="nota"><span style="color: #660000;">? Fr. Justo Perez de Urbel, O.S.B., <em>San Juan de Mata Y San Félix de Valois,</em> in Año Cristiano, Ediciones Fax, Madri, 1945, tomo I, pp. 256 e ss.</span></div><div class="titulo" style="text-align: center;"><span style="color: #660000;"> </span></div><div class="nota"><span style="color: #660000;">? Les Petits Bollandistes, <em>Saint Jean de Matha,</em> in <em>Vie des Saints,</em> Bloud et Barral, Libraires-Éditeurs, Paris, 1882, tomo II, pp. 387 e ss.</span></div><div class="titulo" style="text-align: center;"><span style="color: #660000;"> </span></div><div class="nota"><span style="color: #660000;">? Pe. Pedro de Ribadeneira, <em>San Juan de Mata,</em> in Dr. Eduardo Maria Vilarrasa, <em>La Leyenda de Oro,</em> L. Gonzalez y Compañia – Editores, Barcelona, 1896, tomo I, p. 407.</span></div><div class="titulo" style="text-align: center;"><span style="color: #660000;"> </span></div><div class="nota"><span style="color: #660000;">? Edelvives, <em>San Juan de Mata,</em> in <em>El Santo de Cada Dia,</em> Editorial Luis Vives, S.A., Saragoça, 1946, tomo I, pp. 393 e ss.</span></div><div class="titulo" style="text-align: center;"><span style="color: #660000;"> </span></div><div class="nota"><span style="color: #660000;">? Michael M. O’Kane, <em>St. Felix of Valois,</em> in The Catholic Encyclopedia, </span><a href="http://www.newadvent.org/"><span style="color: #660000;">www.NewAdvent.org</span></a><span style="color: #660000;"> </span></div><div class="nota"><br />
</div><div class="titulo" style="text-align: left;"><span style="color: #660000;">Fonte: Revista de Cultura Catolicismo - Fevereiro de 2010.</span></div><div class="titulo" style="text-align: center;"></div><div class="nota"><br />
</div></div>Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-84125332312894998252011-12-07T19:33:00.000-08:002011-12-07T19:33:26.684-08:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="titulo" style="text-align: center;"><span style="color: #660000; font-size: x-large;"><strong>São Nicolau de Mira ou Bari<br />
O gentil santo dos presentes natalinos</strong></span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="olho"><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong>Famoso por suas esmolas e socorro ao povo cristão, tornou-se para vários países o santo que realça as festas de Natal</strong></span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="autor"><u><strong><span style="color: #660000;">Plinio Maria Solimeo</span></strong></u></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Na vida de São Nicolau de Mira, ou de Bari, é difícil saber o que é realidade e o que é legenda. Pois este santo do século IV foi um dos mais venerados no Oriente, antes de o ser no Ocidente. E as legendas contando maravilhas a seu respeito espalharam-se por todo o mundo.</span></div><div class="corpo"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCc7LylSA-g765yYVnAjEUX8AiMvo2DOFurDxX7KM-3VN42_MuSGohidJuPUobO7yA3xPfByXzgtf4-FUNlLwgULaUwCd2o5qnEDRoQIRkgS05QTnAcYlaVPbuqiCl3177k_wbv2gGKA/s1600/sao_nicolau_taumaturgo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCc7LylSA-g765yYVnAjEUX8AiMvo2DOFurDxX7KM-3VN42_MuSGohidJuPUobO7yA3xPfByXzgtf4-FUNlLwgULaUwCd2o5qnEDRoQIRkgS05QTnAcYlaVPbuqiCl3177k_wbv2gGKA/s400/sao_nicolau_taumaturgo.jpg" width="328" /></a><span style="color: #660000; font-size: large;">Nicolau nasceu por volta do ano 270 em Patara, opulenta capital da Lícia (atual Turquia), de pais nobres, ricos e piedosos. Recebeu requintada educação religiosa e cívica. Na escola, evitava a companhia dos colegas perniciosos, só travando amizade com os bons e virtuosos. Crescendo, evitava os espetáculos perigosos, e domava seu corpo com vigílias, cilícios e jejuns.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Quando seus pais faleceram, Nicolau herdou grande riqueza. Mas considerou-se apenas administrador desses bens, cujos reais senhores se tornaram os pobres e os necessitados.</span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="subtitulo"><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong>Socorro à pobreza envergonhada</strong></span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Foi então que ocorreu um fato que todos os seus biógrafos narram e pintam tão bem. Um nobre caído na pobreza, não tendo como casar suas três filhas jovens e nem mesmo mantê-las, teve o satânico propósito de as prostituir para ganhar a vida. Nicolau soube do fato e ficou horrorizado. Tomando então uma bolsa com moedas de ouro, jogou-a pela janela da casa do infame, dando-lhe com isso o suficiente para casar a filha mais velha. No dia seguinte fez o mesmo, possibilitando casar a filha do meio. O beneficiado pôs-se então à espreita, para ver quem era seu anônimo benfeitor. E quando Nicolau, no terceiro dia, jogou outra bolsa para o dote da terceira filha, o nobre se lançou a seus pés, dizendo-se arrependido e agradecendo-lhe por aquele benefício. Nicolau pediu-lhe, confuso, para não tornar público o fato. Mas em vão, pois no dia seguinte toda a cidade comentava aquele grande ato de caridade.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Nicolau procurava, desse modo, remediar com suma caridade todos os necessitados. Socorria assim os enfermos e os miseráveis, libertava escravos e procurava atender todos os que sofriam por alguma causa.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Tendo falecido o arcebispo de Mira, os prelados da província e o clero elevavam fervorosas preces aos Céus, pedindo luzes para encontrar um digno sucessor. Como não chegavam a um acordo sobre quem escolher, combinaram então, por inspiração do alto, eleger bispo o primeiro cristão que entrasse na igreja no dia seguinte.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Ora, Nicolau tinha se mudado de Patara para Mira, a fim de viver mais obscuramente. E pensou logo em visitar a igreja local. Assim, bem de manhãzinha, franqueou o umbral do templo, ignorando em absoluto o que fora combinado. E foi logo apanhado e aclamado bispo. Embora resistisse, foi preciso ceder à vontade de Deus.</span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="subtitulo"><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong>Elevação ao episcopado: luta contra os vícios</strong></span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtRG8ahoMXzi_4d1so5mG_Wv-8mVo8djYUZTrEw4gdwhljkqKtx9G9cMcDL74vFR4fL0c4uhhDSkPSvWfC28mhn5YACnuhY1mFoIj1HlDefwHUdgwMbbm5T1YXncElH0-59I1PrNSjSQ/s1600/SAO_NI%257E2.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtRG8ahoMXzi_4d1so5mG_Wv-8mVo8djYUZTrEw4gdwhljkqKtx9G9cMcDL74vFR4fL0c4uhhDSkPSvWfC28mhn5YACnuhY1mFoIj1HlDefwHUdgwMbbm5T1YXncElH0-59I1PrNSjSQ/s400/SAO_NI%257E2.JPG" width="250" /></a></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Nicolau tinha até então vivido de modo exemplar. Mas deu-se conta de que a elevada dignidade de que tinha sido revestido exigia ainda maior virtude. E disse para consigo:<em> “Nicolau, esta dignidade requer outra vida. Até hoje viveste para ti. Agora hás de viver para os demais. Se queres que tua palavra persuada a grei que Deus te confiou, tens que dar eficácia às tuas exortações com o exemplo de uma vida perfeita”</em>.<sup>1</sup> A partir de então passava parte da noite em oração, comia uma só vez ao dia, abstendo-se de carne e vinho, dormia sobre uma dura enxerga e consagrava uma parte do tempo à oração e a outra parte à administração da diocese.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;"><em>“Sua solicitude pastoral estendeu-se geralmente a todas as necessidades de seu povo. Cuidava dos pobres, dos doentes, dos prisioneiros, das viúvas e dos órfãos. Quando não os podia assistir pessoalmente, fazia-os ser visitados e assistidos por pessoas piedosas, a quem encarregava esses cuidados. Sua principal aplicação era a de conhecer as necessidades espirituais de seus fiéis e de levar-lhes os remédios eficazes. [...] Pregava contra todos os vícios, e o fazia com uma eloquência divina que o tornava vitorioso sobre todos os corações”</em>.<sup>2</sup></span></span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="subtitulo"><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong>Salvando marinheiros de naufrágio</strong></span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Num ano de grande carestia na Lícia, Nicolau soube que alguns barcos vindos de Alexandria, no Egito, com grande carregamento de trigo, refugiaram-se num porto perto de Mira. O santo apressou-se em ir até eles, suplicando aos armadores que fornecessem parte de sua mercadoria para remediar a extrema necessidade dos fiéis. Eles recusaram, alegando que todo o carregamento pertencia ao Estado e se destinava a Constantinopla. O bispo pediu-lhes então que cada barco fornecesse apenas certa medida de trigo, que ele retribuiria todo prejuízo junto ao administrador do tesouro público em Constantinopla. Por fim os armadores consentiram, e depois fizeram vela para o Bósforo. Quando chegaram ao destino, foram medir o trigo em seus barcos, e viram que havia a mesma quantidade deste ao partir de Alexandria. Os marinheiros narraram então, por toda parte, o prodígio operado pelo bispo santo.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Noutra ocasião, um navio foi surpreendido por terrível tormenta em alto mar. Seus tripulantes rogaram a Deus que, pelos méritos de seu servo Nicolau, os livrasse do perigo. No mesmo momento o santo bispo apareceu-lhes, dizendo: <em>“Aqui estou para ajudar-vos. Tende confiança em Deus, de quem sou servo”</em>. E, tomando o timão, dirigiu a nave em meio ao proceloso mar até o porto de Mira, e desapareceu. Os marinheiros foram então para a igreja agradecer tão grande favor. E viram ao santo no meio de seu clero. Lançaram-se então a seus pés, testemunhando seu reconhecimento. Confuso ante essa calorosa manifestação, São Nicolau lhes disse: <em>“Dai a Deus, meus filhos, a glória desse sucesso. Quanto a mim, não sou senão um pecador e um servo inútil. Ele é Quem faz as grandes maravilhas”.</em></span></span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">São Nicolau foi encarcerado na perseguição de Diocleciano, sendo libertado depois, com a ascensão do imperador Constantino.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Narra-se também que Nicolau apareceu em sonhos a este imperador, increpando-o por ter condenado injustamente à morte três de seus comissários. Acordando, o imperador chamou seus secretários para cientificar-se do ocorrido. E suspendeu a sentença contra aqueles inocentes.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Narra a legenda que, numa época de muita fome, um açougueiro atraiu três meninos para sua casa, matou-os e pôs os corpos num barril, querendo vender a carne como sendo de porco. São Nicolau, visitando a região à procura de alimentos para seu povo, conheceu o horrível crime do açougueiro e, com suas preces, ressuscitou os três meninos.<sup>3</sup> Essa lenda correu o mundo e permaneceu, por exemplo, numa singela canção infantil que as crianças francesas cantavam até há pouco.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Um biógrafo do santo, o arquimandrita (superior de um mosteiro na Igreja Oriental) Miguel, narra assim sua morte: <em>“Havendo regido a Igreja metropolitana de Mira e embalsamado o país com o perfume de uma santíssima vida sacerdotal, trocou esta vida perecedoura pelo repouso eterno”</em> por volta do ano 341.<sup>4</sup></span></span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Suas relíquias são preservadas na igreja de São Nicolau, em Bari. E até hoje uma substância oleosa — conhecida como <em>Maná de São Nicolau,</em> altamente apreciada por seus poderes medicinais — emana delas.<sup>5</sup></span></span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="subtitulo"><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong>Devoção ao santo no Oriente e no Ocidente</strong></span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="corpo"><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">No império bizantino, São Nicolau de Mira era venerado como um dos mais poderosos auxiliares do povo cristão. No século VI, o imperador bizantino Justiniano I construiu em Constantinopla uma basílica em sua honra. São João Crisóstomo o colocou em sua liturgia com a bela invocação: <em>“Cânone da fé, imagem da mansidão, mestre da continência,</em> <em>chegaste à região da verdade. Pela humildade conseguiste o mais sublime, pela pobreza o mais opulento. Pai Nicolau, sê o nosso legado para com Jesus Cristo, para que consigamos a salvação de nossas almas”.</em><sup>6</sup></span></span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Seu culto chegou à Itália em 1087, quando mercadores italianos roubaram suas relíquias e as levaram para Bari. Daí seu culto chegou à Alemanha durante o reinado de Oton II (955-983). Nesse tempo, o bispo Reginaldo de Eichstaedt (+ 991) escreveu sua vida, que se tornou muito popular. São Nicolau tornou-se também o patrono de vários países da Europa, como a Grécia, a Rússia (é patrono de Moscou), o Reino de Nápoles, a Sicília, a Lorena, e também de várias cidades da Itália, da Alemanha, da Áustria, da Bélgica, da Holanda e da Suíça.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgb1Ulajp5sc4KBEImIlWWVnNiKyraEIoS4rtuAlF00iD_SOFtlw4hTMA27eAaH_0seiZEUk5eBmrLhOC1j2xgMUdTGxmH4Wd14hQQ3JdwRh3QkxAnGXrrmPruRQQYu9Feibbul9NyfA/s1600/S_Nicolau+de+Bari16.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgb1Ulajp5sc4KBEImIlWWVnNiKyraEIoS4rtuAlF00iD_SOFtlw4hTMA27eAaH_0seiZEUk5eBmrLhOC1j2xgMUdTGxmH4Wd14hQQ3JdwRh3QkxAnGXrrmPruRQQYu9Feibbul9NyfA/s320/S_Nicolau+de+Bari16.jpg" width="238" /></a></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Na Holanda ele é conhecido como<em> Sinterklaas</em>. Representam-no montando um cavalo branco, mitra sobre a cabeça e empunhando um báculo dourado. Segundo uma legenda, ele cavalga sobre os telhados, acompanhado de seu escudeiro <em>Pikkie, </em>um mouro terrível que põe num saco os meninos maus. São Nicolau visita as casas, perguntando: <em>“Há aqui algum menino mau?” </em>Todos respondem: <em>“Não, Sinterklaas, aqui todos somos bons”. “Todos?” — </em>pergunta o bispo.<em> “Sim, Sinterklaas”. </em>Então o santo distribui bombons a todas as crianças. Quando alguma delas não se portou bem durante o ano, em vez de bombom, o santo dá-lhe um pedaço de carvão. O mesmo ocorre no sul da Alemanha, país onde está havendo uma sadia reação contra a intromissão do Papai Noel nas festas natalinas e um ressurgir da tradição do<em> Sinterklaas,</em> cheia de encanto, inocência e autêntico espírito católico.</span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="subtitulo"><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong>Investida anticatólica contra São Nicolau</strong></span></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span><br />
<div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Nos Estados Unidos e em muitos outros países, São Nicolau foi substituído pelo comercializado Papai Noel. E o espírito religioso do Natal lamentavelmente vai se extinguindo, dando lugar a outro, comercial e materialista.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Entretanto, surgiu recentemente em algumas zonas da Alemanha, um movimento popular propugnando o retorno da tradicional figura de São Nicolau nas festas natalinas e a proibição do Papai Noel — personagem imposto pela propaganda neopagã para eliminar a benéfica e secular influência católica do Santo bispo de Mira nas comemorações do nascimento do Divino Infante.</span></div><div class="corpo"><br />
</div><div class="nota"><span style="color: #660000;">Notas:<br />
1. Edelvives, El Santo de Cada Dia, Editorial Luis Vives, S.A., Saragoça, 1949, tomo VI, p. 365.<br />
2. Les Petits Bollandistes, Vies des Saints, Bloud et Barral, Libraires-Éditeurs, Paris, 1882, vol. XIV, p. 87.<br />
3. Cfr. </span><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Saint_Nicholas#cite_ref-6"><span style="color: #660000; font-family: Arial; font-size: x-small;">http://en.wikipedia.org/wiki/Saint_Nicholas#cite_ref-6</span></a><span style="color: #660000;">.<br />
4. Edelvives, op. cit. p. 369.<br />
5. Cfr. Michael T. Ott, Saint Nicholas of Myra, The Catholic Encyclopedia, CD Rom edition.<br />
6. Fr. Justo Perez de Urbel, O.S.B., Año Cristiano, Ediciones Fax, Madri, 1945, tomo IV, p. 483.</span></div></div>Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-3569804848749150112011-11-26T09:25:00.000-08:002011-11-26T09:27:56.805-08:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div style="color: #660000;"><span style="font-size: x-large;"><b><span style="font-family: Times New Roman;">Santa Catarina Labouré, a vidente da <i>Medalha Milagrosa</i></span></b></span></div><div style="color: #660000;"><b><br />
</b></div><div class="olho" style="color: #660000; margin: 0cm 0cm 12pt;"><b><span lang="DE"><i><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa. Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus a revelação dessa Medalha.</span></span></i></span><u><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></u></b></div><div class="olho" style="color: #660000; margin: 0cm 0cm 12pt;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial;"><b> Plinio Maria Solimeo</b></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVpazvRMoY04fQYPSWxqnQ7VKCm1_qVCpsMCiJ9pbMHoJSCG3brltPdRGH86dt5k0lwvT-e8zq7o3tqAQUGcmh9dl0LgUcYg1yqnf5tRQAXO1gVRKl9a0WDYo1yQoEJMTmoMPY6Rx_ew/s1600/Santa+Catarina+Labour%25C3%25A9.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVpazvRMoY04fQYPSWxqnQ7VKCm1_qVCpsMCiJ9pbMHoJSCG3brltPdRGH86dt5k0lwvT-e8zq7o3tqAQUGcmh9dl0LgUcYg1yqnf5tRQAXO1gVRKl9a0WDYo1yQoEJMTmoMPY6Rx_ew/s320/Santa+Catarina+Labour%25C3%25A9.jpg" width="225" /></a></div><div style="color: #660000;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;"><i> </i></span></span><span style="font-family: Times New Roman; font-size: large;"><span class="capitularChar"><b>N</b></span>a pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores.</span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuidava sua vida de piedade, encontrando sempre tempo para meditação, orações vocais e mortificações.</span></span></div><div class="subtitulo" style="color: #660000; margin: 12pt 0cm 0pt;"><b><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman;">São Vicente de Paulo indica-lhe sua vocação</span></i></span></b></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">O tempo foi passando, e Catarina crescendo em graça e santidade. Certo dia ela sonhou que estava na igreja e viu um sacerdote já ancião celebrando a Missa. Quando esta terminou, o sacerdote fez-lhe um sinal com o dedo, chamando-a para perto de si. Porém, tímida, Catarina retirou-se do recinto sagrado e foi visitar um doente. O mesmo sacerdote apareceu-lhe, e disse: <i>“Minha filha, é uma boa obra cuidar dos enfermos; você agora foge de mim, mas um dia será feliz de me encontrar. Deus tem desígnios sobre você, não se esqueça”. </i>Catarina acordou sem entender o significado do sonho.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYbbBsZKgJnZG7aTbQ4QQm986thycHpQmfY6554ECGX1tktNnmJ7iMjFtt7FjMOCf5aOEbtaqM5KKblGfjn8peIfpIRHfFCdngW4wiHX1dWAjpT4eaJuNm-orLW19Qs4Je6xa1NrFCkQ/s1600/sao-vicente-de-paula.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYbbBsZKgJnZG7aTbQ4QQm986thycHpQmfY6554ECGX1tktNnmJ7iMjFtt7FjMOCf5aOEbtaqM5KKblGfjn8peIfpIRHfFCdngW4wiHX1dWAjpT4eaJuNm-orLW19Qs4Je6xa1NrFCkQ/s1600/sao-vicente-de-paula.jpg" /></a><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Mais tarde, visitando o convento das Irmãs da Caridade de Chatillon, onde estava sua irmã, viu na parede um quadro representando o mesmo ancião. Perguntou quem era, e responderam-lhe que se tratava de São Vicente de Paulo, fundador da Congregação. Catarina entendeu então que sua vocação era a de ser uma das filhas do Santo da caridade.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Mas seu pai não queria ouvir falar disso. Já bastava ter dado uma filha a Deus, e ele tinha muito apego a Catarina. Para distraí-la dessa idéia, mandou-a a Paris, para ajudar seu irmão que tinha lá uma pensão. Foi uma provação para a santa ver-se em meio aos rudes fregueses do estabelecimento, o que a fez redobrar as orações para manter sua pureza de coração e o fervor de espírito.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Uma cunhada a convidou a ir para sua casa, em Chatillon, onde mantinha uma escola para moças. Ali Catarina podia ir freqüentemente ao mosteiro das Irmãs da Caridade, que ficava perto. E foi nessa casa religiosa que ela entrou a 22 de janeiro de 1830, quando seu pai deu-lhe finalmente a devida permissão. Catarina tinha então 24 anos de idade.</span></span></div><div class="subtitulo" style="color: #660000; margin: 12pt 0cm 0pt;"><b><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman;">Preparação para importantes revelações</span></i></span></b></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Depois de passar pelo postulantado em Chatillon, Catarina foi mandada para o noviciado na Casa-mãe das vicentinas, na Rue du Bac, em Paris. Nesses dias, a comunidade rezava uma solene novena preparatória para a trasladação das relíquias de São Vicente de Paulo.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxHbnXFPoYHiG2wR9yI1qYfccjZ5vD4ZaYMzln7G5z6l-p64hPDoD7vXvWRJgIt_mFpYzDHCi7DUj1JrG5naOlQn0D9Uwul6lREqKzdxFomE6QGwIbePc_3_rPIYvarjd7teCn3kKmFA/s1600/corpus-2003-ostensorio-hiniesta.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxHbnXFPoYHiG2wR9yI1qYfccjZ5vD4ZaYMzln7G5z6l-p64hPDoD7vXvWRJgIt_mFpYzDHCi7DUj1JrG5naOlQn0D9Uwul6lREqKzdxFomE6QGwIbePc_3_rPIYvarjd7teCn3kKmFA/s320/corpus-2003-ostensorio-hiniesta.jpg" width="256" /></a></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Catarina teve várias visões do Santo, e sobretudo do seu coração, que ficara incorrupto. Mas era agraciada com outras visões especiais. Conforme narra ela mesma, uma delas <i>“era a de ver Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento. Eu O vi durante todo o tempo do meu noviciado, exceto todas as vezes que eu duvidava; nesses dias eu nada via, porque procurava aprofundar-me em indagações sobre este mistério, e temia enganar-me”</i>.(1) No domingo da Santíssima Trindade, <i>“Nosso Senhor me apareceu no Santíssimo Sacramento durante a Missa cantada, como um rei, tendo uma cruz ao peito. No momento do Evangelho, pareceu-me que a cruz caía aos pés de Nosso Senhor e que Ele estava sem as insígnias reais; todas tinham caído por terra. Tive então os mais negros e tristes pensamentos: pensei que o Rei da Terra estava perdido e ia ser despojado da realeza; e depois disso pensei, sem saber explicar, na extensão dos grandes males que viriam”</i>.(2) Com efeito, poucas semanas depois, Carlos X foi destituído do trono e banido do reino.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Essas graças eram uma preparação para as grandes aparições da Mãe de Deus.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><b><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman;">Primeira visão da Santíssima Virgem</span></i></span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOR5dD_6wB3tudMXPVAqf0rQmxs_gkRJDkxja9obj1Ia4kwKdoLC-ytyqXJNZ1Jy8nvYYT22J_xdwds4vsySiTk7kDWFZrC41rNfa-2BZM-kwfGjE2YRA1GBhl4chl0D5RaccDD1jswg/s1600/N+Senhora.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOR5dD_6wB3tudMXPVAqf0rQmxs_gkRJDkxja9obj1Ia4kwKdoLC-ytyqXJNZ1Jy8nvYYT22J_xdwds4vsySiTk7kDWFZrC41rNfa-2BZM-kwfGjE2YRA1GBhl4chl0D5RaccDD1jswg/s640/N+Senhora.jpg" width="211" /></a></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Na véspera da festa de São Vicente, ainda em 1830, a Mestra de Noviças tinha feito uma preleção sobre a devoção aos santos, e especialmente a Nossa Senhora. Isso inflamou na Irmã Catarina o desejo de ver a Mãe de Deus. Quando foi deitar-se, pegou um pedacinho de uma sobrepeliz de São Vicente, que a Mestra tinha dado como relíquia às noviças, e engoliu-o, julgando assim que São Vicente poderia alcançar-lhe essa graça.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Quando tudo no convento estava tranqüilo e todos dormiam, às onze e meia da noite, a Irmã Catarina ouviu uma voz de criança que a chamava. Abriu o cortinado do leito e viu um menino de uns cinco anos de idade, que lhe disse: <i>“Venha à capela. A Santíssima Virgem a espera”</i>. Catarina vestiu-se rapidamente e seguiu a criança até a capela, que estava iluminada como para a Missa de Natal.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">O menino, que era o Anjo da Guarda de Catarina, conduziu-a ao presbitério, para junto da cadeira do Padre Diretor. Aí ela ajoelhou-se. Depois de um tempo que lhe pareceu longo, ouviu o ruído do <i>frufru</i> de um vestido de seda e viu a Santíssima Virgem sentar-se na cadeira. Conta-nos Catarina: <i>“Ela me disse como eu devia proceder para com meu diretor, como devia proceder nas horas de sofrimento e muitas outras coisas que não posso revelar”</i>.(3) </span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Essas coisas que ela não podia contar em 1830, revelou-as depois: <i>“Várias desgraças vão cair sobre a França; o trono será derrubado; o mundo inteiro será revolto por desgraças de toda sorte”</i>. Falou também de <i>“grandes abusos” </i>e <i>“grande relaxamento” </i>nas comunidades de sacerdotes e freiras vicentinas, e que deveria alertar disso os superiores.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Voltou, em seguida, a falar de outros terríveis acontecimentos que ocorreriam em futuro mais distante, prevendo com 40 anos de antecedência as agitações da Comuna de Paris e o assassinato do Arcebispo; prometeu sua especial proteção, nessas horas trágicas, aos filhos e às filhas de São Vicente de Paulo.</span></span></div><div class="subtitulo" style="color: #660000; margin: 12pt 0cm 0pt;"><b><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman;">Revelação extraordinária da Medalha Milagrosa</span></i></span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVVJM3l-UF7QI4vfyV4GS0fUCNyNf1Y7s5dm-iDm6jvLEEYiCpzn56CNbq5n9l1PYqmVgjL53A6HYYyn17y_wJiqU6-K8qFHOKBQdFTL5QiHcEKtspO17Hn8j6v7dQ8YK6QdjelsySMA/s1600/Medalha-milagrosa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVVJM3l-UF7QI4vfyV4GS0fUCNyNf1Y7s5dm-iDm6jvLEEYiCpzn56CNbq5n9l1PYqmVgjL53A6HYYyn17y_wJiqU6-K8qFHOKBQdFTL5QiHcEKtspO17Hn8j6v7dQ8YK6QdjelsySMA/s200/Medalha-milagrosa.jpg" width="200" /></a></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">No dia 27 de novembro de 1830, Catarina havia acabado de fazer a leitura da meditação, na capela, quando ouviu o característico <i>frufru </i>de um vestido de seda. Olhou para o lado e viu Nossa Senhora vestida de branco, sobre uma meia-esfera. Tinha nas mãos uma bola que representava o globo terrestre, e olhava para o Céu.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;"><i>“De repente</i> — narra Catarina — <i>percebi anéis nos seus dedos, engastados de pedras brilhantes, umas maiores e mais belas do que as outras, das quais saíam raios que eram, também, uns mais belos que os outros”.</i> Nossa Senhora explicou-lhe que tais raios simbolizavam as graças que derramava sobre as pessoas que as pediam.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Continua Catarina: <i>“Formou-se um quadro em torno da Santíssima Virgem, de forma oval, no alto do qual estavam escritas, com letras de ouro, estas palavras: <b>Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!”</b></i></span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Ao mesmo tempo, uma voz disse-lhe para mandar cunhar uma medalha conforme aquele modelo, com a promessa de que as pessoas que a trouxessem ao pescoço receberiam muitas graças, <i>“principalmente as que a trouxessem com inteira confiança”.</i></span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Instantes depois o quadro girou sobre si mesmo, e Catarina viu o reverso da medalha.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><b><span style="font-size: large;"><i><span style="font-family: Times New Roman;">Difusão da Medalha e graças operadas </span></i></span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpvrXBFJmOG4BC4WsCuqjf-FyMN4LeMguzWsUmD8pxc0nRHV3g5nD7lZA9H-mH5guFbPE5-qBMWPyrzBA3Qc6k04y3UKq8zt8JMaunzMKEWDsiVyzNvwudSJZzpFYH1HswYgqQfM0jRw/s1600/catarina_comuna.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpvrXBFJmOG4BC4WsCuqjf-FyMN4LeMguzWsUmD8pxc0nRHV3g5nD7lZA9H-mH5guFbPE5-qBMWPyrzBA3Qc6k04y3UKq8zt8JMaunzMKEWDsiVyzNvwudSJZzpFYH1HswYgqQfM0jRw/s320/catarina_comuna.jpg" width="320" /></a></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Catarina perguntou a Nossa Senhora a quem recorrer para confecção da medalha. A Mãe de Deus respondeu-lhe que deveria procurar seu confessor, o Pe. João Aria Aladel: <i>“Ele é meu servidor”. </i>No início, o Pe. Aladel não acreditou no que Catarina dizia; mas, após dois anos de insistência, ele procurou o Arcebispo, que ordenou em 20 de junho de 1832 que fossem cunhadas duas mil medalhas.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">O modo como se difundiram as medalhas foi tão prodigioso, juntamente com grande número de graças operadas, que a medalha passou a ser conhecida como <i>Medalha Milagrosa</i>. Por exemplo, em março de 1832, quando iam ser confeccionadas as primeiras medalhas, uma terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa oriental, atingiu Paris. Mais de 18 mil pessoas morreram em poucas semanas. Num único dia, chegou a haver 861 mortes. </span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">No fim de junho, as primeiras medalhas ficaram prontas e começaram a ser distribuídas entre os flagelados. Na mesma hora refluiu a peste, e tiveram início, em série, os prodígios que em poucos anos tornariam a <i>Medalha</i> <i>Milagrosa</i> mundialmente célebre. </span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBr8VDNMPGeqhzlX1YkT8EJ9dsr-jMLvid45QLY_YApOc4g3tUSNskHM0u-5wEpLY3MpCt6aumgcfshAIaRbZrpR056l3zMm1bfJpTTDUlolI5gMZpQOu-x8ddszyMd0lYMVsKnyBqCw/s1600/Pio.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBr8VDNMPGeqhzlX1YkT8EJ9dsr-jMLvid45QLY_YApOc4g3tUSNskHM0u-5wEpLY3MpCt6aumgcfshAIaRbZrpR056l3zMm1bfJpTTDUlolI5gMZpQOu-x8ddszyMd0lYMVsKnyBqCw/s1600/Pio.jpeg" /></a><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">A missão de Catarina Labouré estava cumprida. Os 46 anos que lhe restaram de vida, ela os passou como uma humilde irmã, da qual praticamente nada havia para falar. Só quando se aproximou sua morte, em 1876, sua superiora soube que fora ela a privilegiada Irmã que recebera aquela sublime missão.</span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Ela foi beatificada pelo Papa Pio XI em 1933 e canonizada no dia 27 de julho de 1947 pelo Papa Pio XII. </span></span></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman;">Cinqüenta e seis anos após sua morte, o corpo de Catarina foi encontrado inteiramente incorrupto, e é como se encontra ainda hoje na capela das Irmãs da Caridade, na Rue du Bac, em Paris.(4)</span></span><br />
<br />
<a href="mailto:PlinioSolimeo@Catolicismo.com.br"><span style="font-size: x-small;"><strong><span style="color: #660000;">autor: </span>pmsolimeo@catolicismo.com.br</strong></span></a><br />
<br />
<div class="Nota" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><strong><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman;">Notas:</span></span></strong></div><div class="notas" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial;">1. Pe. Jerônimo Pedreira de Castro, C.M., Santa Catarina Labouré e a Medalha Milagrosa, Editora Vozes, Petrópolis, 1947, p. 71.</span></span></div><div class="notas" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial;">2. Id., ib., p. 72.</span></span></div><div class="notas" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial;">3. Id., ib., p. 77.</span></span></div><div class="notas" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial;">4. Outras obras consultadas:</span></span></div><div class="notas" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial;">– Pe. José Leite, S.J., Santos de Cada Dia, Editorial A.O., Braga, 1987, pp. 360 e ss.</span></span></div><div class="notas" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: x-small;">– As visões de Santa Catarina Labouré, </span><a href="http://www.padreareovaldo.hpg.ig.com.br/visoes.htm"><span style="font-family: Arial; font-size: x-small;">http://www.padreareovaldo.hpg.ig.com.br/visoes.htm</span></a><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial;"> (Santuário Nossa Senhora das Graças).</span></span></div><div class="notas" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: x-small;">– Santa Catarina Labouré, </span><a href="http://www.santododia.com.br/biograf3/catarinalab.htm"><span style="font-family: Arial; font-size: x-small;">http://www.santododia.com.br/biograf3/catarinalab.htm</span></a><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial;">.</span></span></div><span style="font-family: Arial; font-size: x-small;">– The story of St. Catherine Labouré, </span><a href="http://www.amm.org/catherine.htm"><span style="font-family: Arial; font-size: x-small;">www.amm.org/catherine.htm</span></a></div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><br />
</div><div class="corpo" style="color: #660000; margin: 6pt 0cm;"><br />
</div></div>Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-33285525604250893942011-10-09T17:09:00.000-07:002011-10-09T17:09:15.408-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="titulo"><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong><span style="font-size: x-large;">São Lucas</span></strong></span><span style="color: #660000;"><br />
<strong><span style="font-size: x-large;">Evangelista de Nossa Senhora</span></strong></span></div><div class="titulo"><br />
</div><div class="olho"><span style="color: #660000; font-size: large;">Médico e literato, este apóstolo virgem é o mais acessível e rico dos evangelistas. Segundo a Tradição, São Lucas pintou quadros da Santíssima Virgem.</span></div><span style="color: #660000; font-size: small;"><div class="autor"><br />
</div><div class="autor"> Plinio Maria Solimeo</div><div class="autor"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisroC3a5KuTxMflPgMKSxHcfSa5MROeqNEejDVy1g4CyvjUjCS1tFUs7OnLwCErlHx5qJJt6y_e0Px4EirADIRnpJcjOEQsh2gv3ocdtNy_uU52sDolLFSOmAe_Vudvn9KHwEjduYSFg/s1600/Hagio_SaoLucas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisroC3a5KuTxMflPgMKSxHcfSa5MROeqNEejDVy1g4CyvjUjCS1tFUs7OnLwCErlHx5qJJt6y_e0Px4EirADIRnpJcjOEQsh2gv3ocdtNy_uU52sDolLFSOmAe_Vudvn9KHwEjduYSFg/s320/Hagio_SaoLucas.jpg" width="256" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="legenda"><em><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #990000; font-size: small;">São Lucas - Mestre de Villahermosa, séc XIV. </span></span></em></span><br />
<span class="legenda"><em><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #990000; font-size: small;">Museu de Belas Artes de Valença</span> </span></em></span></td></tr>
</tbody></table><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><span class="tituloChar">A</span>ssim São Jerônimo descreve o evangelista São Lucas, cuja festa comemoramos no dia 18 de outubro: <em>“Era discípulo e companheiro inseparável de São Paulo; nasceu em Antioquia, exercia a profissão de médico; ao mesmo tempo, cultivava as letras e chegou a ser muito versado em língua e literatura gregas. Seu gosto literário ressalta nessa preciosa História </em>[Atos dos Apóstolos]<em> que nos deixou da origem do cristianismo, mais completa em muitíssimos pontos que a dos demais evangelistas, melhor ordenada e de mais agradável leitura”</em>.(1)</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><strong>“O muito amado Lucas, médico”</strong></span></div><div class="autor"><br />
</div> <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcV0EKpkL6abXh3Rq-nxhOBcViK-lApodkY2gwnd26GoBWAFNIZQId0RewoKTwJZBAvRTfEktxJPJRw-RlHzCym2VGUzzIpQneYYE0m_36N-iz32pVJ_winFNRPueoyCz86oMtto1L1Q/s1600/Sao_Lucas.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcV0EKpkL6abXh3Rq-nxhOBcViK-lApodkY2gwnd26GoBWAFNIZQId0RewoKTwJZBAvRTfEktxJPJRw-RlHzCym2VGUzzIpQneYYE0m_36N-iz32pVJ_winFNRPueoyCz86oMtto1L1Q/s400/Sao_Lucas.jpg" width="245" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="legenda"><em><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #990000; font-size: small;">São Lucas é recebido pelos Apóstolos</span> </span></em></span></td></tr>
</tbody></table> <div class="corpo"><span style="font-size: large;">No século I da Era Cristã, Antioquia da Síria era muito celebrada pela sua agradável situação, esplendor de seus monumentos, riqueza de seu comércio, progresso de sua civilização e, infelizmente, também por causa dos seus costumes pagãos. Foi a primeira Sé de São Pedro antes de ele mudar-se para Roma, e foi nela que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus Cristo receberam o nome de “cristãos”. </span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Nela nasceu e estudou o evangelista Lucas, autor do 3º Evangelho (o 1º é o de São Mateus, o 2º de São Marcos, e o 4º de São João) e dos <em>Atos dos Apóstolos</em>. Crê-se que, segundo costume da época, depois de estudar em Antioquia, Lucas foi aperfeiçoar-se na Grécia e no Egito, pois ressaltam os estudiosos que seu estilo é puro, exato, elegante.</span></div> <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbzNnkKckGhCDp07vX4aBoO02WquO5D1-CYxA-JEyOBEA8IMj4maxdxOHVXEiVE9oqPHS7AKSDhJkA26lZeGqXcLEDE0xQ_Pdmhk0letqEG-jBhKtie1WMUacpykCGmNKdqmwzy7yR5w/s1600/Hagio_Mapa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbzNnkKckGhCDp07vX4aBoO02WquO5D1-CYxA-JEyOBEA8IMj4maxdxOHVXEiVE9oqPHS7AKSDhJkA26lZeGqXcLEDE0xQ_Pdmhk0letqEG-jBhKtie1WMUacpykCGmNKdqmwzy7yR5w/s320/Hagio_Mapa.jpg" width="291" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="legenda"><em><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #990000; font-size: small;">Mapa da antiga cidade de Antioquia</span> </span></em></span></td></tr>
</tbody></table> <div class="corpo"><span style="font-size: large;">Não parece ter sido judeu de religião, se bem que mostre um conhecimento detalhado do judaísmo, de seus ritos e cerimônias. É mais provável que tenha sido um prosélito dessa religião, e que não chegou a ser circuncidado. Pois São Paulo, em sua Epístola aos Colossenses, depois de citar “todos os da circuncisão”, passa aos demais, entre os quais cita “<em>o muito amado Lucas, médico</em>” (4, 10-14). O mais provável é que tenha sido pagão, grego de estirpe, e que, ao conhecer o cristianismo, o tenha abraçado com fervor. </span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Em geral aponta-se sua conversão à época em que São Paulo e São Barnabé pregaram na nascente igreja de Antioquia (At 11, 22 e ss.). Há quem afirme que ele era do número dos setenta e dois discípulos, e que, assim, teria conhecido pessoalmente Nosso Senhor. Esta hipótese tem contra si a afirmação do próprio São Lucas, de que escreveu seu Evangelho com os fatos que <em>“nos referiram os que, desde o princípio, os viram e foram ministros da palavra” </em>(1, 2). Quer dizer, com base em testemunhas oculares dos fatos que narra.</span></div><div class="corpo"><br />
</div><div class="subtitulo"><strong><span style="font-size: large;">O “Evangelho de Maria Santíssima”</span></strong></div><div class="corpo"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglex4M_dmyu7rJyo1ikQxAmU_aYqCSnPjkzZrjxWObkmaL-ht0gmcrt18pdwBeBxvqnodRWG-xw8bgt1HhcYqYR8oIgjm8R2ONbMpEJn9gZo8wpIvStuTnLEPLoisNOfeVA7b2Le6iuA/s1600/Hagio_Anunciacao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglex4M_dmyu7rJyo1ikQxAmU_aYqCSnPjkzZrjxWObkmaL-ht0gmcrt18pdwBeBxvqnodRWG-xw8bgt1HhcYqYR8oIgjm8R2ONbMpEJn9gZo8wpIvStuTnLEPLoisNOfeVA7b2Le6iuA/s320/Hagio_Anunciacao.jpg" width="284" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="legenda"><em><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #990000; font-size: small;">Quadro da Anunciação: São Lucas é </span></span></em></span><br />
<span class="legenda"><em><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #990000; font-size: small;">representado anotando as palavras</span> </span></em></span></td></tr>
</tbody></table><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Entre essas testemunhas ele pôde consultar São Pedro e os demais Apóstolos e Discípulos, as Santas Mulheres, e existe a hipótese provável de ele ter recebido informações preciosas da própria Mãe de Deus. Daí ter sido ele o único evangelista a falar da Anunciação, da visita a Santa Isabel com o excelso cântico do <em>Magnificat,</em> do nascimento do Menino Jesus em Belém, da adoração dos pastores, da Circuncisão, Apresentação no Templo e purificação de Maria Santíssima, e da perda e encontro do Menino Jesus entre os Doutores da Lei. Pelo que seu Evangelho mereceu ser chamado por alguns de <em>O Evangelho de Maria Santíssima</em>. Com efeito, <em>“dentre esses informantes, sobretudo nos primeiros capítulos do seu Evangelho, pode-se ouvir ainda a voz suave da própria mãe de Jesus”.</em>(2)</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">São Lucas foi chamado também <em>“o escritor da mansidão de Cristo”, </em>porque em seu Evangelho ressalta muito a bondade misericordiosa e a paternal benignidade do Filho de Deus, como se expressam em suas parábolas. O que se nota principalmente nas da ovelha perdida, do filho pródigo, do bom samaritano, e sobretudo no dolorido olhar de Jesus a Pedro depois de suas negações.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Outros apontam também o importante papel que as mulheres desempenham no Evangelho de São Lucas. O paganismo as tinha rebaixado ao nível quase de escravas. <em>“São Lucas recolhe da vida e ensinamento de Jesus tudo o que pode realçar o valor e estima que teve pela mulher”.</em>(3) </span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">De fato, segundo o Apóstolo São Paulo, <em>“todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. Todos vós que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo. Já não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus”</em> (Gal 3, 26-28).</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Por outro lado, nesse Evangelho de uma simplicidade encantadora, <em>“as ações e a doutrina do Salvador nele são apresentadas da maneira mais tocante; cada palavra encerra mistérios ocultos, oferece riquezas infindas”,</em> além do que <em>“a dignidade com a qual nos são apresentados os mistérios mais sublimes, que estão acima de toda expressão e de nossa maneira de conceber as coisas criadas, essa dignidade na qual não se encontra nenhuma palavra pomposa, tem qualquer coisa de divino”.(</em>4)</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">São Lucas <em>“possui ademais o sentido da História, e da História considerada como auxiliar da fé. Ele quer fazer um relato ‘seguido e ordenado’</em>; para isso, <em>'examinou cuidadosamente as coisas desde sua origem',</em> e consultou <em>‘os que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra’;</em> tudo a fim de que Teófilo [a quem dirige seus livros] <em>‘reconheça a solidez dos ensinamentos dos que o catequizaram’ </em>(cfr. Luc. 1, 1-4) ”.(5)</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Muitos vêem no Evangelho de São Lucas uma influência muito grande de São Paulo e, <em>“senão seu primeiro impulso, certamente sua característica: a universalidade da salvação, suas portas abertas aos gentios, a inexaurível misericórdia divina, o perdão dos pecados, a oração e a perseverança são os temas que de mais relevância se revestem neste Evangelho, que, pela suavidade de afetos de que é impregnado e pela graça da expressão, é de todos o mais atraente”.</em>(6)</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Segundo a Tradição, São Lucas é um apóstolo virgem, era também pintor, e teria pintado vários quadros da Santíssima Virgem, dos quais alguns permanecem até hoje, e mesmo de Nosso Senhor Jesus Cristo.</span></div><div class="corpo"><br />
</div><div class="subtitulo"><span style="font-size: large;"><strong>Mestre e discípulo muito zeloso</strong></span></div><div class="subtitulo"><br />
</div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Quando Lucas se reuniu ao Apóstolo Paulo? É mais provável, como sustenta Santo Irineu, que tenha sido quando este embarcou para Troade, na Macedônia, em sua segunda viagem missionária, no ano 51. É quando os vemos pela primeira vez juntos. A partir de então, os dois apóstolos não se separarão mais, a não ser por intervalos e quando as necessidades das novas cristandades o pediam. Lucas aparece sempre como discípulo e colaborador zeloso.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">A dedicação de São Lucas a São Paulo é tocante. Participa ele de suas alegrias e de suas dores, e mesmo do seu cativeiro. <em>“Só Lucas está comigo”,</em> diz São Paulo tristemente na segunda epístola a Timóteo (4, 11) durante seu segundo cativeiro em Roma.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Depois vemos os dois apóstolos em Filipos. Mas, tendo o Apóstolo se trasladado para Salônica com Silas, Lucas provavelmente permaneceu em Filipos para consolidar os cristãos na fé recebida. Seis anos mais tarde, São Paulo, em sua terceira viagem, volta à Macedônia e nela encontra São Lucas. Lá escreve a segunda epístola aos Coríntios, encarregando Tito de a levar. Nela diz que Tito terá por companheiro <em>“um irmão muito célebre em todas as igrejas”.</em> Alguns –– São Jerônimo, em particular –– afirmam que esse irmão era São Lucas.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">São Jerônimo e São Gregório Nazianzeno julgam que Lucas escreveu seu Evangelho durante o ano 53, quando pregava na Acaia com o Apóstolo Paulo.</span></div><div class="corpo"><br />
</div><div class="subtitulo"><strong><span style="font-size: large;">Os Atos dos Apóstolos, primórdios do cristianismo</span></strong></div><div class="autor"><br />
</div> <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxILBDhLT9PciriUmVkD6FLckcnkXZHC_mNaKi0_j06mOPMVLbB5E9HjTYP7yVVQGB0v2kSI1TayoxZ1B7ncV0uSgrtKOH4qyXS-c4Bm8hqdsh8_6uTmMc6cUX4qxQIryH5P-JgSSf_g/s1600/Hagio_SaoClemente.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="194" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxILBDhLT9PciriUmVkD6FLckcnkXZHC_mNaKi0_j06mOPMVLbB5E9HjTYP7yVVQGB0v2kSI1TayoxZ1B7ncV0uSgrtKOH4qyXS-c4Bm8hqdsh8_6uTmMc6cUX4qxQIryH5P-JgSSf_g/s320/Hagio_SaoClemente.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="legenda"><em><span style="color: #990000; font-size: small;">São Lucas é representado pelo boi, como emblema dos sacrifícios</span></em></span></td></tr>
</tbody></table> <div class="corpo"><span style="font-size: large;">De acordo com os intérpretes, foi durante o segundo cativeiro de São Paulo em Roma, no ano 63, que São Lucas terminou seu <em>Atos dos Apóstolos,</em> como continuação de seu Evangelho. Nessa narrativa cheia de vida, ele se propunha refutar os falsos relatos que se publicavam sobre a vida e os trabalhos apostólicos dos propagadores do cristianismo, bem como a deixar uma história autêntica das maravilhas que Deus operou na formação de sua Igreja. </span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Nos 12 primeiros capítulos dessa épica história, ele narra o que fizeram os principais Apóstolos para estabelecer o cristianismo depois da ascensão de Nosso Senhor, sobretudo o príncipe deles, São Pedro. Na quase totalidade dos capítulos restantes, conta as ações e milagres de São Paulo, como testemunha ocular ou protagonista que foi de muitos deles.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Como ele narra com muitos detalhes suas viagens marítimas, levanta-se a hipótese de antes, como médico, ter trabalhado em algum navio. </span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Segundo Santo Epifânio, após o martírio de São Paulo São Lucas pregou na Itália, na Gália, na Dalmácia e na Macedônia. Embora alguns afirmem que ele sofreu o martírio, a opinião mais aceita é a de que faleceu de morte natural aos 84 anos de idade, na Bitínia. Mas, como enfrentou muitos perigos pela fé de Cristo, é considerado por muitos como mártir. </span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Suas relíquias, que no século IV se achavam em Tebas da Beócia (Grécia), foram trasladadas para Constantinopla em 357, a pedido do Imperador Constâncio, filho de Constantino, sendo depositadas na igreja dos Santos Apóstolos com as de Santo André e São Timóteo. O Cardeal Barônio diz que São Gregório Magno levou para Roma a cabeça de São Lucas, quando voltou de sua nunciatura em Constantinopla, e a depositou na igreja do mosteiro de Santo André, que ele tinha fundado no Monte Célio. Atualmente o corpo desse Evangelista é venerado em Pavia, na Itália.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Se se aplicam aos quatro evangelistas as representações simbólicas mencionadas pelo profeta Ezequiel, São Lucas é representado pelo boi, como emblema dos sacrifícios, pois ele é o evangelista que mais insiste no sacerdócio de Jesus Cristo.</span></div><div class="autor"><br />
</div><div class="nota">Notas:</div><div class="nota">1. Cfr. Edelvives, <em>El Santo de Cada Dia</em>, Editorial Luis Vives, S.A., Saragoça, 1955, tomo V, p. 483.</div><div class="nota">2. Pe. Matos Soares, <em>Introdução a Lucas</em>, Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980.</div><div class="nota">3. Pe. José Leite, S.J., <em>Santos de cada dia</em>, Editorial A. O., Braga, 1987, tomo III, p. 195.</div><div class="nota">4. Les Petits Bollandistes, <em>Vies des Saints</em>, Bloud et Barral, Paris, 1882, tomo XII, p. 445.</div><div class="nota">5. Fr. Justo Perez de Urbel, O.S.B., <em>Año Cristiano</em>, Editorial Fax, Madrid, 1945, pp. 142-143.</div><div class="nota">6. Pe. Matos Soares, id., ib.</div><div class="autor"><br />
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</div></span></div>Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-36300382617431556352011-09-08T19:43:00.000-07:002011-09-08T19:43:07.436-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="titulo"><strong><span style="color: #660000; font-size: x-large;">São Roberto Belarmino</span></strong></div><div class="titulo"><strong><span style="font-size: x-large;"><br />
</span></strong><span style="color: #660000; font-size: large;">O maior polemista da história da Igreja</span></div><div class="olho"><span style="color: #660000; font-size: large;">Controversista, escritor, consultor das principais congregações do Vaticano, bispo e cardeal, foi um dos mais temíveis adversários do protestantismo. </span></div><div class="olho"><br />
</div><div class="autor"><strong><span style="color: #660000;"> Plinio Maria Solimeo</span></strong></div><div class="autor"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEmVikQot1NNvcvrJVpi1iZpp7-L1y9rKTfXi0FEYyJ1FtHfqe1flBMI5sFw6r10kEBxL0iZfS1AqHEhv5WIGbqZ4-BbH4yjJna7712vlKWZICB0Mi7XZAGde8QqtIBZya4CSshJJhiA/s1600/S%25C3%2583O+ROBERTO+BE" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" nba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEmVikQot1NNvcvrJVpi1iZpp7-L1y9rKTfXi0FEYyJ1FtHfqe1flBMI5sFw6r10kEBxL0iZfS1AqHEhv5WIGbqZ4-BbH4yjJna7712vlKWZICB0Mi7XZAGde8QqtIBZya4CSshJJhiA/s320/S%25C3%2583O+ROBERTO+BE" width="259" /></a></div><div class="autor"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><span class="titulo">R</span>oberto Francesco Romolo nasceu em Montepulciano em 4 de outubro de 1542, numa família nobre empobrecida. Seu pai era Vicente Belarmino, e sua mãe Cíntia Cervine, irmã do Cardeal Marcelo, elevado depois ao papado com o nome de Marcelo II.</span></span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Muito dotado, Roberto estudou no colégio jesuíta de sua cidade. Ainda menino, sabia Virgílio de cor, compôs poemas em italiano e em latim, dominava o violino e já era hábil nos debates. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Vendo suas belas qualidades, o pai queria que ele seguisse a carreira política. Mas a mãe desejava que se tornasse jesuíta, ordem então no auge de seu fervor. A influência da mãe prevaleceu, e Roberto entrou no noviciado jesuíta de Roma em 1560. Permaneceu na Cidade Eterna três anos, indo depois para Mondovi, no Piemonte, onde aprendeu tão rapidamente o grego, que passou a lecioná-lo tanto no colégio jesuítico dessa cidade quanto no de Florença. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Roberto Belarmino foi ordenado sacerdote em Ghent, na Bélgica, em 1570. Tornou-se então professor de teologia na Universidade de Louvain, também naquele país, sendo o primeiro jesuíta a lecionar numa universidade. Em sua cátedra ensinava a Suma Teológica de Santo Tomás e atacava as opiniões heréticas de Baius (professor de exegese bíblica na mesma Universidade) sobre a graça e o livre arbítrio. Nessa época, escreveu uma gramática hebréia e fez extensivos estudos sobre os Padres da Igreja e teólogos medievais.</span></div><div class="corpo"><br />
</div><div class="subtitulo"><strong><span style="color: #660000; font-size: large;"> “Obra não de um, mas de vários eruditos”</span></strong></div><div class="subtitulo"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiDVzC-AYvPc6Ib5ZOTtkGipVLO5UoObh4BnRuR_xsaP-U9Njei7ZviHPe_GowvhuEDZPOI-Ga2l4PLTZitxhnnwrGcyX74HJZiWFJU_-Ij3f6ZiEPWQqXozUA7U0wJxwldQa5LFhUQA/s1600/montepulciano_0.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" nba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiDVzC-AYvPc6Ib5ZOTtkGipVLO5UoObh4BnRuR_xsaP-U9Njei7ZviHPe_GowvhuEDZPOI-Ga2l4PLTZitxhnnwrGcyX74HJZiWFJU_-Ij3f6ZiEPWQqXozUA7U0wJxwldQa5LFhUQA/s320/montepulciano_0.jpg" width="303" /></a></div><div class="subtitulo"><span style="color: #660000; font-size: large;">A estadia de São Roberto em Louvain durou sete anos. Entretanto, devido a sua saúde abalada pelo excesso de estudo e ascetismo, fez em 1576 uma viagem à Itália, visando fortalecer a fé católica nesse país. Ali foi retido pelo Papa Gregório XIII para ensinar controvérsia teológica no Colégio Romano. Suas prédicas excitavam tão vivo entusiasmo, que os próprios protestantes viajavam da Inglaterra e da Holanda para ouvi-lo. Suas aulas formaram a base de sua famosa obra <em>Lições relativas às controvérsias da fé cristã contra os hereges contemporâneos,</em> ou simplesmente <em>Controvérsias, </em>que constituem uma sistematização das várias polêmicas do tempo e um vasto arsenal, no qual se encontram as melhores armas para a defesa da fé católica. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">São Roberto levou 11 anos para compor as <em>Controvérsias. </em>Ao serem publicadas, causaram imensa impressão em toda a Europa. Até hoje, no gênero, elas não foram suplantadas. O primeiro volume da obra trata do Verbo de Deus, de Cristo e do Papa; o segundo, da autoridade dos concílios e da Igreja militante, padecente e triunfante; o terceiro versa sobre os sacramentos; e o quarto, sobre a graça, livre-arbítrio, justificação e boas obras. O golpe assestado por elas no protestantismo foi tão doloridamente sentido pelos protestantes na Alemanha e na Inglaterra, que se fundaram cátedras especiais para tentar refutá-las. Esse escrito é tão erudito no conhecimento das Sagradas Escrituras, dos Padres da Igreja e da teologia protestante, que os protestantes propalaram não ser obra de um só homem, mas de um grupo de eruditos, com um pseudônimo. Na Inglaterra, a péssima rainha Isabel I proibiu sua leitura a quem não fosse doutor em teologia. </span></div><div class="corpo"><br />
</div><div class="subtitulo"><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong>Diretor espiritual de São Luís Gonzaga</strong></span></div><div class="subtitulo"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNQrNzIMKRCRFjdU9-AdepOD421eM3ihLQs7XxLuUMF01GYBzA4hUtYGvs-7WYbZoqz7JTlFNfEcbm7xbTYReHZY3SLMkzkAmSW0uGGz9xc4TboCha4NccNXrkF2mj45nuCs8iAQup6Q/s1600/LuizGonzaga.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" nba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNQrNzIMKRCRFjdU9-AdepOD421eM3ihLQs7XxLuUMF01GYBzA4hUtYGvs-7WYbZoqz7JTlFNfEcbm7xbTYReHZY3SLMkzkAmSW0uGGz9xc4TboCha4NccNXrkF2mj45nuCs8iAQup6Q/s320/LuizGonzaga.jpg" width="283" /></a></div><div class="subtitulo"><span style="color: #660000; font-size: large;">São Roberto Belarmino teve a dita de, como diretor espiritual no Colégio Romano, guiar os últimos anos de São Luís Gonzaga, de pureza exímia, que faleceu em 1591. Anos depois, teve também a consolação de participar da comissão que se pronunciou favoravelmente à beatificação desse santo discípulo. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Depois do assassinato de Henrique III da França, Sixto V o enviou a esse país em 1590 para acompanhar, como teólogo, o legado pontifício Cardeal Gaetano. Enquanto estava na França, soube que o Papa, que se mostrara antes muito favorável às suas <em>Controvérsias,</em> havia proposto colocar no <em>Index </em>o primeiro volume da obra, porque nele o santo concedia ao Papado um poder quase direto sobre as coisas temporais. Mas com a morte de Sixto V, isso não se deu. Alguns de seus biógrafos apontam como causa de sua tardia canonização sua opinião a respeito do poder temporal do Papa. São Roberto também denunciou seis dos maiores abusos comuns na Cúria Romana.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">O novo papa, Clemente VIII, concedeu à obra a distinção de uma aprovação especial e outorgou ao autor, em 1599, o chapéu cardinalício, com o título de <em>Santa Maria in via</em>, alegando como razão para isso que <em>“a Igreja de Deus não tem outro igual em saber”. </em>O Sumo Pontífice obrigou-o, em virtude da obediência, a aceitá-lo. Esse mesmo Papa já o tinha escolhido em 1597 como seu próprio teólogo, examinador de bispos em 1598, e consultor do Santo Ofício em 1599. Encarregou-o também de escrever um prefácio para a nova versão da <em>Vulgata, </em>que fora revista por ele, e em 1602 nomeou-o arcebispo de Cápua, sagrando-o com suas próprias mãos, favor que se faz apenas àqueles a quem se quer honrar especialmente. Isso não impediu que São Roberto continuasse suas austeridades, como a de viver a pão e água e tirar as cortinas de seu aposento para vestir os pobres.</span></div><div class="corpo"><br />
</div><div class="subtitulo"><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong>Arcebispo de Cápua e importantes polêmicas </strong></span></div><div class="subtitulo"><br />
</div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Como arcebispo, São Roberto entregou-se por três anos com igual zelo aos trabalhos pastorais, cuidando tanto do bem-estar espiritual quanto material de suas ovelhas. Colocou também em vigor os decretos do Concílio de Trento. Ensinava pessoalmente o catecismo, visitava as aldeias e atendia a cada um dos que o procuravam, a qualquer hora do dia ou da noite. Ao contrário dos que hoje pregam a luta de classes, ele dizia a seus diocesanos: <em>“Aquele que percebe o que é ser filho de Deus, do Rei dos reis, está unido a Ele com filial amor, contente com o que tem, seja muito ou pouco, porque não duvida que seu boníssimo Pai lhe concede, a cada momento, aquilo de que necessita”.</em>(1)</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Em 1605 faleceu Clemente VIII. Foi sucedido por Leão XI, que reinou apenas 26 dias, e depois por Paulo V. Nos dois conclaves para essas eleições, Belarmino obteve significativa votação. O novo Papa insistiu em mantê-lo em Roma. Designou-o prefeito da Biblioteca Vaticana e ativo membro do Santo Ofício e de diversas congregações romanas, além de principal conselheiro para questões teológicas da Santa Sé.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Por ter criticado o juramento de fidelidade que os católicos ingleses eram forçados a fazer a seu rei protestante, o santo teve ocasião de polemizar com Jaime I, da Inglaterra, que se gloriava de ser bom teólogo. O rei atacou-o em 1608, mediante um tratado em latim, ao que o erudito cardeal respondeu imediatamente, com humor, sobre os erros cometidos pelo monarca nessa língua. O soberano, que era anglicano, respondeu com novo ataque em estilo mais cuidadoso, no qual se arvorava em defensor do primitivo e verdadeiro cristianismo. Dedicou a obra ao imperador alemão Rodolfo II e a todos os monarcas da Cristandade. O cardeal contestou-o, e não houve tréplica. São Roberto costumava rezar diariamente pela conversão dos teólogos protestantes que enfrentava, incluindo o rei Jaime I. Fustigava-os em seus erros doutrinários, mas nunca lhes fez ataques pessoais.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Exerceu também papel primordial na controvérsia surgida na França com o rei Luís XIV, que pretendia, como soberano desse país, poder limitar a autoridade papal, recebendo os rendimentos das dioceses vacantes, além de outros pontos de desentendimento em relação à autoridade papal. Defendeu a supremacia do Papa em suas obras <em>Disputationes</em> e <em>De Potestate summi pontificis in rebus temporalibus.</em></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU0n2AfZJiN9vNiljUGPV0df_uZ8fDbf7D_Lqj9sVUXBXJDZg5BnnXvCZE9_O5VHzp5HNq8QnQGM4KPNEttnnztCZ8HnzQmf0awghyBh9DPwRXFyAuNnKS0ltF07A1Iec7hTqxMvYCdw/s1600/saorobertobelarmino_15.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" nba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU0n2AfZJiN9vNiljUGPV0df_uZ8fDbf7D_Lqj9sVUXBXJDZg5BnnXvCZE9_O5VHzp5HNq8QnQGM4KPNEttnnztCZ8HnzQmf0awghyBh9DPwRXFyAuNnKS0ltF07A1Iec7hTqxMvYCdw/s400/saorobertobelarmino_15.jpg" width="400" /></a></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Em sua velhice, foi permitido a São Roberto voltar à sua cidade natal, Montepulciano, na qualidade de bispo, onde permaneceu por quatro anos, após os quais voltou para o colégio de Santo André, em Roma. Escreveu então obras de devoção, destacando-se seu famoso livro <em>Elevação da mente a Deus pelos degraus das coisas criadas</em>.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">O santo quis entregar sua alma a Deus no noviciado do <em>Gesù </em>— a casa-mãe dos jesuítas —, e para lá foi transferido em sua última enfermidade. Gregório XV foi visitá-lo em seu leito de dor. Ao sentir a aproximação da morte, São Roberto pediu ao Pe. André, seu amigo muito próximo, para consignar por escrito que, pela misericórdia de Deus, ele morria no seio da Igreja Católica e na verdadeira fé, e que em sua última hora não pensava de modo diferente do que escrevera nas <em>Controvérsias</em> em defesa da Igreja. Sentindo-se desfalecer, recitou o Símbolo dos Apóstolos, o salmo 50, o Pai Nosso e a Ave-Maria, assistido por padres da Companhia de Jesus. Entregou sua alma a Deus aos 79 anos, no dia 17 de setembro de 1621.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Apesar da fama de santidade já em vida, São Roberto Belarmino só foi beatificado e depois canonizado por Pio XI, em 1930. Esse Papa declarou-o também Doutor da Igreja. Seus restos mortais repousam na capela do Colégio Romano, ao lado do corpo de seu aluno e penitente São Luís Gonzaga, como ele tinha pedido.(2)</span></div><div class="corpo"><br />
</div><div class="email"><span style="color: #660000;">E-mail do autor: <span class="MsoHyperlink"><a href="mailto:PlinioSolimeo@Catolicismo.com.br"><span style="font-family: Arial;">pmsolimeo@catolicismo.com.br</span></a></span></span></div><div class="nota"><span style="color: #660000;">____________</span></div><div class="nota"><span style="color: #660000;"><strong>Notas</strong>:</span></div><div class="nota"><span style="color: #660000;">1. Pe. José Leite S.J., <em>Santos de Cada Dia</em>, Editorial A.O., Braga, 1987, vol. III, p. 57.</span></div><span style="color: #660000;">2.<strong> Outras obras consultadas</strong>:</span><br />
<div class="nota"><span style="color: #660000;">- Les Petits Bollandistes, <em>Vies des Saints</em>, Bloud et Barral, Paris, 1882, tomo XI.</span></div><span style="color: #660000;">- <span class="a"><strong><a class="nota" href="http://www.cobra.pages.nom.br/fm-bellarmino.html"><span style="font-family: Arial;">www.cobra.pages.nom.br/fm-bellarmino.html</span></a></strong></span></span><br />
<span style="color: #660000;">-<span class="nota"> <a href="http://www.answers.com/topic/robert-bellarmine"><span style="font-family: Arial;">http://www.answers.com/topic/robert-bellarmine</span></a></span></span><br />
<span style="color: #660000;">- <span class="nota"><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Bellarmine"><span style="font-family: Arial;">http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Bellarmine</span></a></span></span></div>Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-72325663654610252122011-08-10T10:12:00.000-07:002011-08-10T10:12:14.596-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="titulo" closure_uid_n6gzxi="135" style="margin: 0cm 0cm 12pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: x-large;">São João Maria Vianney<br />
O Santo Cura d´Ars</span></div><div class="olho" closure_uid_n6gzxi="93" style="margin: 0cm 0cm 18pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Pouco dotado intelectualmente, atingiu esse santo vigário alto grau de santidade. Seu êxito foi tão grande, que atraiu multidões de todas as partes da França e de vários países europeus.</span></div><div class="olho" closure_uid_n6gzxi="93" style="margin: 0cm 0cm 18pt;"><span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">· <strong><u>Plinio Maria Solimeo</u></strong></span></span></div><div class="autor" style="margin: 6pt 0cm 0pt 35.7pt;"><br />
</div><div class="autor" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; margin: 6pt 0cm 0pt 35.7pt;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpL3ITYGfOhXp9CCf3mM9gbMyOzLhA96Wkhc-11qRgoeyEiFzMXlygi3UNXzKd7iYiZuWmYBCBq_px35KwjywL8MMR0hqU_48vn_C7Fg-COGFrt_h6FCV_2WbURDy4KZNUnPG7KeppfQ/s1600/vianney2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" naa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpL3ITYGfOhXp9CCf3mM9gbMyOzLhA96Wkhc-11qRgoeyEiFzMXlygi3UNXzKd7iYiZuWmYBCBq_px35KwjywL8MMR0hqU_48vn_C7Fg-COGFrt_h6FCV_2WbURDy4KZNUnPG7KeppfQ/s320/vianney2.jpg" width="177" /></a><span style="color: #660000;"><span closure_uid_n6gzxi="205" style="font-size: large;"><strong>O</strong> futuro Cura d’Ars nasceu na pequena localidade de Dardilly, perto de Lyon, na França, no dia 8 de maio de 1786, de família de agricultores piedosos. Foi consagrado a Nossa Senhora no próprio dia do nascimento, data em que foi também batizado.</span></span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Sua instrução foi precária, pois passou a infância em pleno Terror da Revolução Francesa, com os sacerdotes perseguidos e as escolas fechadas. João Maria tinha 13 anos quando recebeu a Primeira Comunhão das mãos de um sacerdote “refratário” (que não tinha jurado a ímpia Constituição do Clero), durante o segundo Terror, em 1799.(1)</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Com a subida de Napoleão e a Concordata com a Santa Sé, foi possível a João Maria iniciar seus estudos eclesiásticos aos 20 anos, terminando-os aos 29, depois de mil e uma contrariedades.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">É impossível, nos limites de um artigo, abranger toda a vida apostólica do Cura d’Ars. Por isso limitar-me-ei a abordar um aspecto dela, que foi como transformou a pequena localidade de Ars de modo a tornar-se ponto de admiração de toda a França.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="subtitulo" closure_uid_n6gzxi="206" style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><em><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"><strong>Ars ao tempo da chegada do santo</strong></span></em></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Quando o jovem sacerdote chegou a Ars, esta era um pequeno aglomerado de casas, contando apenas 250 habitantes, quase todos agricultores. Como a maior parte das localidades rurais da França, sacudidas durante 10 anos pelos vendavais da Revolução Francesa, encontrava-se em plena decadência religiosa. Vivia-se um paganismo prático formado de negligência, indiferentismo e esquecimento das práticas religiosas. </span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">A cidadezinha de Ars assemelhava-se às paróquias vizinhas, não sendo nem melhor nem pior que elas. Havia nela um certo fundo religioso, mas com muito pouca piedade.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Como transformá-la num modelo de vida católica, ambição de São João Batista Vianney?</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="subtitulo" closure_uid_n6gzxi="208" style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><em><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"><strong>Santificando-se para santificar os outros</strong></span></em></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Primeiro, pela oração e pelos sacrifícios do vigário por suas ovelhas. Já no dia de sua chegada, o Padre Vianney deu o colchão a um pobre e deitou-se sobre uns sarmentos junto à parede, com um pedaço de madeira como travesseiro. Como a parede e o chão eram úmidos, contraiu de imediato uma nevralgia, que durou 15 anos. Seu jejum era permanente, habitualmente passando três dias sem comer; e quando o fazia, alimentava-se somente de batatas cozidas no início da semana e já emboloradas. Mas ele sobretudo passava horas e horas ajoelhado diante do Santíssimo Sacramento, implorando a conversão de seus paroquianos.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Uma de suas primeiras medidas práticas foi reformar a igreja que, por respeito ao Santíssimo Sacramento, desejava que fosse a melhor possível.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="subtitulo" closure_uid_n6gzxi="210" style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><em><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"><strong>“Esforcemo-nos para ir para o Céu”</strong></span></em></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaplZpWHHkql3H1PcFxj4ZZVuFrJRzc6daOFy76Zhx9eNKVh9ylWFMUNorDnRIgQVKzpMPm6oFZt7jFL9Rds1P5HRPqRLfvNWCLwQdbwed4eK6XhZ6IYxblpEg5sz1Fun673lr_xkF1Q/s1600/Ars1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" naa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaplZpWHHkql3H1PcFxj4ZZVuFrJRzc6daOFy76Zhx9eNKVh9ylWFMUNorDnRIgQVKzpMPm6oFZt7jFL9Rds1P5HRPqRLfvNWCLwQdbwed4eK6XhZ6IYxblpEg5sz1Fun673lr_xkF1Q/s320/Ars1.jpg" width="238" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table><div class="subtitulo" style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span closure_uid_n6gzxi="288" style="color: #660000; font-size: large;">Outra de suas solicitudes foi para com a juventude. Atraía todos para o catecismo. Exigia que este fosse aprendido de cor, palavra por palavra, e só admitia à Primeira Comunhão quem estivesse assim devidamente preparado. Instava com os meninos e adolescentes para que cada um levasse sempre consigo o Rosário, e tinha no bolso alguns extras para aqueles que houvessem perdido o seu. </span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Paulatinamente os esforços do santo foram sendo coroados de êxito, de maneira que os jovens de Ars chegaram a ser os mais bem instruídos da comarca.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Nas missas dominicais, pregava sobre os deveres de cada um para consigo, para com o próximo e para com Deus. Falava constantemente do inferno e do que precisamos fazer para evitá-lo: “Ó, meus queridos paroquianos, esforcemo-nos para ir para o Céu. Lá havemos de ver a Deus. Como seremos felizes! Que desgraça se algum de vós se perder eternamente!”</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Ele exigia a devida compostura e atitude própria a bons católicos na igreja, por respeito à Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="subtitulo" closure_uid_n6gzxi="211" style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><em><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"><strong>“Arruinados todos aqueles que abrirem tabernas”</strong></span></em></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">A guerra que moveu contra as tabernas também foi bem sucedida. Aos que a elas iam, em vez de comparecer à missa no domingo, dizia: “Pobre gente, como sois infelizes. Segui vosso caminho rotineiro; segui-o, que o inferno vos espera”. Ameaçava-os de não só perderem os bens eternos, mas também os terrenos.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Aos poucos, por falta de fregueses, as tabernas foram se fechando. Outros tentaram abri-las, mas eram obrigados a cerrá-las. A maldição de um santo pesava sobre eles: “Vós vereis arruinados todos aqueles que aqui abrirem tabernas”, disse no púlpito. E assim foi. Quando elas se fecharam, o número de indigentes diminuiu, pois suprimiu-se a causa principal da miséria, que era moral.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="subtitulo" closure_uid_n6gzxi="212" style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><em><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"><strong>Luta contra blasfêmias e trabalho aos domingos</strong></span></em></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidXBa_r6zUL4cIh4Di2euZ-j3EfrNiC5sN5CtmGKA47j_huG_YluTTwRk7VxsrYV3RAJm9Otl5WUKSWgWxjYU300ogf5slDB7HCQvsVvPc2fRRBDjHOUj713WCd-tS0NnhqCr297MmmA/s1600/Ars3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="238" naa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidXBa_r6zUL4cIh4Di2euZ-j3EfrNiC5sN5CtmGKA47j_huG_YluTTwRk7VxsrYV3RAJm9Otl5WUKSWgWxjYU300ogf5slDB7HCQvsVvPc2fRRBDjHOUj713WCd-tS0NnhqCr297MmmA/s320/Ars3.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Quarto do Santo</td></tr>
</tbody></table><div class="subtitulo" style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span closure_uid_n6gzxi="333" style="color: #660000; font-size: large;">“Blasfêmias e trabalhos nos domingos, bailes, cabarés, serões nas vivendas e conversas obscenas, englobava tudo numa comum maldição”. Por anos a fio pregou contra isso, exortando no confessionário, no púlpito e nas visitas que fazia às famílias. Dizia: “Se um pastor quiser se salvar, precisa, quando encontrar alguma desordem na paróquia, saber calcar aos pés o respeito humano, o temor de ser desprezado e o ódio dos paroquianos [e denunciar o mal]”.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">A guerra do santo cura contra as blasfêmias, juramentos, imprecações e expressões grosseiras foi sem quartel; e tão bem sucedida, que desapareceram de Ars. Em vez delas passou-se a ouvir entre os camponeses expressões como Deus seja bendito! Como Deus é bom! Em vez das cançõezinhas chulas da época, hinos e cânticos religiosos.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">A luta contra o trabalho nos domingos foi também tenaz e durou quase oito anos. “A primeira vez que do púlpito abordou o tema, fê-lo com tantas lágrimas, tais acentos de indignação, com tal comoção de todo o seu ser que, passado meio século, os velhos que o ouviram ainda se lembravam com emoção. [...] Vós trabalhais, dizia ele, mas o que ganhais é a ruína para a vossa alma e para o vosso corpo. Se perguntássemos aos que trabalham nos domingos 'que acabais de fazer?’, bem poderiam responder: ‘Acabamos de vender a nossa alma ao demônio e de crucificar Nosso Senhor. Estamos no caminho do inferno’”. Depois de muita insistência, em Ars o domingo tornou-se verdadeiramente o Dia do Senhor.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="subtitulo" style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><em><span closure_uid_n6gzxi="213" style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"><strong>Combate aos bailes durante 25 anos</strong> </span></em></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Ars era o lugar predileto dos jovens dançarinos das vizinhanças. Tudo era pretexto para um baile. Para acabar com eles, o Santo Cura d’Ars levou 25 anos de combate renhido.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Explicava que não basta evitar o pecado, mas deve-se fugir também das ocasiões. Por isso, abrangia no mesmo anátema o pecado e a ocasião de pecado. Atacava assim ao mesmo tempo a dança e a paixão impura por ela alimentada: “Não há um só mandamento da Lei de Deus que o baile não transgrida. [...] Meu Deus, poderão ter olhos tão cegos a ponto de crerem que não há mal na dança, quando ela é a corda com que o demônio arrasta mais almas para o inferno? O demônio rodeia um baile como um muro cerca um jardim. As pessoas que entram num salão de baile deixam na porta o seu Anjo da Guarda e o demônio o substitui, de sorte que há tantos demônios quantos são os que dançam”. </span></div><div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">O Santo era inexorável não só com quem dançasse, mas também com os que fossem somente “assistir” ao baile, pois a sensualidade também entra pelos olhos. Negava-lhes também a absolvição, a menos que prometessem nunca mais fazê-lo. Ao reformar a igreja, erigiu um altar em honra de São João Batista, e em seu arco mandou esculpir a frase: Sua cabeça foi o preço de uma dança!... É de ressaltar-se que os bailes da época, em comparação com os de hoje, sobretudo do pula-pula frenético e imoral do carnaval e as novas danças modernas, eram como que inocentes. Mas era o começo que desfechou nos bailes atuais.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">A vitória do Pe. Vianney neste campo foi total. Os bailes desapareceram de Ars. E não só os bailes, mas até alguns divertimentos inofensivos que ele julgava indignos de bons católicos.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Junto a eles combateu também as modas que julgava indecentes na época (e que, perto do quase nudismo atual, poderiam ser consideradas recatadas!). As moças, dizia, “com seus atrativos rebuscados e indecentes, logo darão a entender que são um instrumento de que se serve o inferno para perder as almas. Só no tribunal de Deus saber-se-á o número de pecados de que foram causa”. Na igreja jamais tolerou decotes ou braços nus. </span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="subtitulo" closure_uid_n6gzxi="214" style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><em><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"><strong>Ars transformada pelo santo</strong></span></em></div> <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggpYtFie_ZTSX56kIsP7D0JXKqKFCqd1o518itTpDCuAE0xwvoW8vBZYFvIbGo_SyI5GflxUqAgcT-H0xIpxpAJYVF4kuaEDFSKgtwDatW8abEcSafufO2Nnw4Xqt4xQCc1BJm6JxB8A/s1600/CPDA38%257E1.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" naa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggpYtFie_ZTSX56kIsP7D0JXKqKFCqd1o518itTpDCuAE0xwvoW8vBZYFvIbGo_SyI5GflxUqAgcT-H0xIpxpAJYVF4kuaEDFSKgtwDatW8abEcSafufO2Nnw4Xqt4xQCc1BJm6JxB8A/s320/CPDA38%257E1.JPG" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Revmo Pe David celebrando diante do corpo<br />
de São João Maria Vianey em Ars.</td></tr>
</tbody></table> <div class="subtitulo" closure_uid_n6gzxi="403" style="margin: 12pt 0cm 3pt;"><span closure_uid_n6gzxi="378" style="color: #660000; font-size: large;">Um sacerdote santo torna piedosos seus paroquianos. Assim, apenas três anos e meio depois de sua chegada, o santo Cura já podia escrever: “Encontro-me numa paróquia de muito fervor religioso e que serve a Deus de todo o seu coração”. Em 1827 (seis anos depois), exclamava entusiasmado do púlpito: “Meus irmãos, Ars não é mais a mesma! Tenho confessado e pregado em missões e jubileus. Nada encontrei como aqui”. </span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">É que, ao mesmo tempo em que reprimia os abusos, semeava também a boa semente. E ele aspirava, para seus paroquianos, ao ideal de perfeição do qual os cria capazes. Recomendava-lhes que rezassem antes e depois das refeições, recitassem o Ângelus três vezes ao dia onde quer que estivessem; e que, ao levantar e deitar, fizessem a oração da manhã e a da noite. Esta passou a ser feita também em comum na igreja ao toque do sino. Os que ficavam em casa ajoelhavam-se diante de algum quadro ou imagem religiosa, ali fazendo suas orações.</span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Com o tempo passou-se a dizer que em Ars o respeito humano fora invertido: tinha-se vergonha de não fazer o bem e de não praticar a Religião. O que é um auge de vitória da Igreja! Ars tornou-se também um centro de piedade e religiosidade. </span></div><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;"></span><br />
<div class="corpo" closure_uid_n6gzxi="116" style="margin: 0cm 0cm 6pt;"><span style="color: #660000; font-family: times new roman,times,serif; font-size: large;">Por isso, os peregrinos admiravam nas ruas da cidade a serenidade de certos semblantes, reflexo da paz perfeita de almas que vivem constantemente unidas a Deus.</span></div><span style="font-family: times new roman,times,serif;"></span><br />
<div class="email" style="margin: 0cm 0cm 3pt;"><br />
</div><div class="email" style="margin: 0cm 0cm 3pt;"><span closure_uid_n6gzxi="117" style="font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: x-small;"><strong closure_uid_n6gzxi="217"> </strong><span style="color: #660000;"> E-mail do autor: </span></span><a href="mailto:pmsolimeo@catolicismo.com.br"><span style="color: #660000; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: x-small;">pmsolimeo@catolicismo.com.br</span></a></div><span style="color: #3366cc;"><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 10pt;"><span style="color: #660000; font-family: arial,helvetica,sans-serif;"></span></span> </div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 10pt;"><span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;"><span style="color: #660000;">Notas: </span></span></span></div><span style="color: #660000;"></span><br />
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #660000;">1. Francis Trochu, O Santo Cura d’Ars, Editora Littera Maciel Ltda., Contagem, MG, 1997, p. 27. Todos os textos citados sem mencionar a fonte foram extraídos desta obra. </span></span></span></span></div><span style="color: #660000;"></span><br />
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #660000;">Outras obras consultadas: </span></span></span></span></div><span style="color: #660000;"></span><br />
<div class="MsoEndnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: arial,helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #660000;">– Edelvives, El Santo de cada Dia, Editorial Luis Vives, S.A., Saragoça, 1948, tomo 4, pp. 403 e ss. </span></span></span></span></div><span style="color: #660000;"></span><br />
<div class="MsoEndnoteText" closure_uid_n6gzxi="215" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span><span style="color: #660000; font-family: arial,helvetica,sans-serif; font-size: x-small;">– Fr. Justo Perez de Urbel, O.S.B., Año Cristiano, Ediciones Fax, Madrid, 1945, tomo 3, pp. 313 e ss.</span><span style="color: #660000;"> </span></span></div><br />
<div class="Nota" style="margin: 0cm 0cm 3pt;"><span style="font-family: times new roman,times,serif; font-size: small;"></span></div></span></div>Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-84707184792512451062011-07-06T17:51:00.000-07:002011-07-06T17:52:13.341-07:00<span style="color: #660000; font-size: large;"><span class="titulo_do_art"><span style="color: #660000; font-size: x-large;"><strong>Santo Elias </strong></span></span></span><br />
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNHFj5XEb9lxVwPaLua7hod0cJsdF9ZowedqwYQ28wHGSlPyEP_rX_Wz7HagWkxzVgtdB6KzlFvz-SqPkyUPUeYZoL5-XDBqKdkjTdCu0t4TaX_9ZxjMZ3VSoED-33s6jIcilSND7BaA/s1600/Santo_Elias_no_Monte_Carmelo%252C_Terra_Santa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" m$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNHFj5XEb9lxVwPaLua7hod0cJsdF9ZowedqwYQ28wHGSlPyEP_rX_Wz7HagWkxzVgtdB6KzlFvz-SqPkyUPUeYZoL5-XDBqKdkjTdCu0t4TaX_9ZxjMZ3VSoED-33s6jIcilSND7BaA/s320/Santo_Elias_no_Monte_Carmelo%252C_Terra_Santa.jpg" width="240" /></a></div><span style="color: #660000; font-size: large;">Elias foi, diz São Bernardo, <em>“modelo de justiça, espelho de santidade, exemplo de piedade, o propugnador da verdade, o defensor da fé, o doutor de Israel, o mestre dos incultos, o refúgio dos oprimidos, o advogado dos pobres, o braço das viúvas, o olho dos cegos, a língua dos mudos, o vingador dos crimes, o pavor dos maus, a glória dos bons, a vara dos poderosos, o martelo dos tiranos, o pai dos reis, o sal da terra, a luz do orbe, o Profeta do Altíssimo, o precursor de Cristo, o terror dos baalitas, o raio dos idólatras”</em> (De Consideratione, lib. IV, in fine, apud Cornelii a Lapide, Commentaria in Scripturam Sacram, In Librum III Regum, Cap. XVII). </span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><strong>Destemida increpação ao rei idólatra</strong> </span></span><br />
<br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Em tempos de Elias, meados do século IX a.C., a terra ocupada pelos hebreus — a mesma originariamente prometida por Deus a Moisés — estava dividida em dois reinos: Israel e Judá. O reino do Norte, Israel, caíra na idolatria e adorava Baal, o deus da sensualidade, servido por 850 sacerdotes por ordem do rei Acab e de sua mulher Jezabel, ela de origem fenícia. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Tomado de zelo pela causa do Senhor, Elias levanta-se e increpa o rei idólatra: <em>“Viva o Senhor Deus de Israel em cuja presença estou, que nestes anos não cairá nem orvalho nem chuva, senão conforme as palavras de minha boca</em> (III Reis, XVII, 1). Em seguida se retira para o deserto, onde corvos levam-lhe milagrosamente o alimento. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">O céu se fecha e torna-se pesado como chumbo, a terra fica árida, rios e ribeiros secam-se, até mesmo o riacho no qual Elias se dessedenta. E o profeta sente ele mesmo o peso do terrível castigo imposto a Israel. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">A primeira ressurreição de que se tem notícia na História </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Refugia-se então em Sarepta, junto a uma viúva que, por ordem de Deus, deve alimentá-lo. Paupérrima, ela só tem um pouco de farinha, com a qual coze um pão para o profeta. Contudo acontece algo inesperado. Morre o filho único da viúva, a qual, em seu desespero, increpa duramente o homem de Deus. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Elias porém lhe diz: <em>“Dá-me o teu filho. E tomou-o do seu regaço e levou-o à câmara onde ele estava alojado, e o pôs em cima do seu leito. E clamou ao Senhor e disse: Senhor meu Deus, até a uma viúva que me sustenta como pode, afligiste, matando-lhe seu filho?”</em> Reclinando-se três vezes sobre o menino, pede a Deus: <em>“Senhor, meu Deus, faze, te rogo, que a alma deste menino volte às suas entranhas. E o Senhor ouviu a voz de Elias”</em> (III Reis, XVII, 22-23). </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">O filho da viúva de Sarepta volta à vida. É o primeiro caso de ressurreição que a História relata. </span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><strong>Profetas de Baal exterminados por Elias</strong> </span></span><br />
<br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Entrementes a seca vai se tornando cada vez mais insuportável. O momento de agir em grande estilo se aproxima. O rei Acab, o perseguidor dos profetas de Deus e dos varões fiéis, vai ao encontro de Elias e o interpela: <em>“Porventura és tu aquele que trazes perturbado Israel?” </em>E Elias responde: <em>“Não sou eu que perturbei Israel, mas és tu e a casa de teu pai, por terdes deixado os Mandamentos do Senhor e por terdes seguido Baal. Mas não obstante, manda agora, e faze juntar todo o povo de Israel no monte Carmelo, e os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas dos bosques que comem da mesa de Jezabel. Mandou pois Acab chamar todos os filhos de Israel, e juntou os profetas no monte Carmelo”</em> (III Reis, XVIII, 17-20). </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Diante dos profetas de Baal, Elias increpa o povo: <em>“Até quando claudicareis vós para os dois lados? Se o Senhor é Deus, segui-o; se, porém, o é Baal, segui-o. .... Eu sou o único que fiquei dos profetas do Senhor, mas os profetas de Baal chegam a quatrocentos e cinqüenta homens. Contudo dêem-nos dois bois, e eles escolham para si um boi, e, fazendo-o em pedaços, ponham-nos sobre a lenha, mas não lhe metam fogo por baixo; e eu tomarei o outro boi, e o porei sobre a lenha, e também não lhe meterei fogo por baixo. Invocai vós os nomes dos vossos deuses, e eu invocarei o nome do meu Senhor; e o Deus que ouvir, mandando fogo, esse seja considerado o verdadeiro Deus”.</em> </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Os profetas de Baal sacrificam o boi, colocam-no sobre a lenha e clamam, horas a fio, por seu falso deus. Baal não lhes responde. <em>“Gritai mais alto, porque ele é um deus, e talvez esteja falando, ou em alguma estalagem, ou em viagem, ou dorme, e necessita que o acordem”</em> — escarnece Elias. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Desesperados, os falsos profetas cortam-se com estiletes, oferecem sangue ao ídolo. Tudo em vão. O sangue idólatra corre, mas do céu não desce fogo. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Elias então constrói um altar de doze pedras, simbolizando as doze tribos de Israel. Empilha a madeira, molha tudo com água, e sobre o altar coloca o boi sacrificado. E então se dirige a Deus: <em>“Senhor, Deus de Abraão e de Isaac e de Israel, mostra hoje que és o Deus de Israel e que eu sou teu servo, e que por tua ordem fiz todas estas coisas. Ouve-me, Senhor, ouve-me para que este povo aprenda que tu és o Senhor Deus, e que converteste novamente o seu coração” </em>(III Reis, XVIII, 36). </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Então desce fogo do céu e consome o holocausto, não só o boi, mas a lenha, as pedras e até mesmo a água! Ao povo — que exclama, de rosto por terra, “<em>o Senhor é o Deus, o Senhor é o Deus” — </em>ordena Elias: <em>“Apanhai os profetas de Baal, e não escape deles nenhum só” </em>(III Reis, XVIII, 40). </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Os falsos profetas de Baal são trucidados junto à torrente do Cison. Em parte pelo povo, em parte por Elias, estuante de ardor pela causa do verdadeiro Deus. De onde comentar Cornélio a Lápide: <em>“Verdadeiramente ígnea foi a sua mente, ígnea a sua palavra, ígnea a sua mão, com que converteu Israel”.</em> </span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><strong>Fim da terrível seca, fuga e nova missão do Profeta</strong> </span></span><br />
<br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">E Elias se dirige ao rei Acab, prometendo-lhe o fim da terrível seca: <em>“Vai, come e bebe, porque já se ouve o ruído de uma grande chuva”.</em> Acompanhado de um criado, Elias sobe ao alto do monte Carmelo, prostra-se e reza pedindo a chuva, até que o servo lhe comunica o aparecimento de uma pequenina nuvem. Nuvem precursora de uma grande tempestade, que interrompeu a seca que já perdurava por três anos, como castigo pelo pecado de idolatria em que caíra o povo eleito. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Jezabel, porém, fica sabendo da morte de seus profetas e jura matar Elias: <em>“Os deuses me tratem com toda severidade, se eu, amanhã a esta mesma hora, não te fizer perder a vida, como tu a fizeste perder a cada um deles”</em> (III Reis, XIX, 2). </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">A ameaça de Jezabel enche Elias de temor. Elias que fechara os céus, que enfrentara o poderoso rei Acab, que ressuscitara um morto, que desafiara e vencera os profetas de Baal; Elias, cujo nome significa <em>“o Senhor é poderoso”,</em> estremece com a ameaça da rainha. Contudo, comenta Cornélio a Lápide, seu temor não vinha tanto pelo medo da morte iminente quanto pelo receio de que, caso morresse, a verdadeira fé se extinguisse em Israel e Baal saísse vitorioso. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Elias foge para o deserto, onde um anjo o alimenta com pão e água e lhe ordena que se dirija ao monte Horeb. Quarenta dias e quarenta noites leva Elias para chegar ao Horeb. E chegado ao monte do Senhor, Deus o interpela: <em>“Que fazes aqui, Elias?”</em> </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">— <em>“Eu me consumo de zelo pelo Senhor Deus dos exércitos —</em> responde Elias — <em>porque os filhos de Israel abandonaram a tua aliança, destruíram os teus altares, mataram os teus profetas e eu fiquei só” </em>(III Reis, XIX, 10). </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Deus fala com Elias, não no terremoto, mas ao <em>“sopro de uma branda viração”.</em> E lhe dá uma tríplice missão: Ungir Hazael como rei da Síria; a Jehu como rei de Israel; e a Eliseu como profeta <em>“em teu lugar”.</em> </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Elias encontra Eliseu arando a terra e lança sobre ele seu manto. E desde então Eliseu é outro homem. De camponês torna-se seguidor de profeta e profeta ele mesmo. </span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><strong>Morte de Jezabel, a perseguidora do Profeta</strong> </span></span><br />
<br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Entrementes a poderosa Jezabel confiscara a viva força a vinha de Nabot e o mandara matar. Caso típico de espoliação indébita de terra, ao arrepio do direito de propriedade. O castigo divino não se faz esperar. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Deus ordena a Elias aparecer diante de Acab e exprobá-lo: <em>“Neste lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabot, lamberão eles também o teu sangue”</em> (III Reis, XXI, 19). O profeta anuncia ainda o castigo de Jezabel: <em>“Os cães comerão Jezabel no campo de Jesrael”.</em> Apavorado, Acab faz penitência. E Deus não o castiga. Mas a cólera divina cai verticalmente sobre a cabeça da ímpia Jezabel. Jogada de uma janela de seu palácio, ela é esmagada por cascos de cavalos e devorada por cães. Quando servos vão pegar seu corpo para enterrá-lo, só encontram o crânio e alguns ossos. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Acab é sucedido pelo rei Ocozias, o qual, adoecendo pouco tempo depois de subir ao trono, manda consultar um oráculo de Belzebu. Elias encontra-se com os mensageiros do rei e os interpela: <em>“Porventura não há um Deus em Israel para vós virdes consultar Belzebu, deus de Acaron?”</em> (IV Reis, I, 3). E anuncia que o rei não se levantará mais da cama. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Irritado, Ocozias manda um capitão e 50 homens para prenderem o profeta. Elias faz descer fogo do céu, que consome os soldados. O rei manda novamente outro capitão com cinqüenta homens, por sua vez consumidos também por fogo do céu. Pela terceira vez, envia Ocozias um capitão com cinqüenta soldados. Desta vez, o capitão pede misericórdia a Elias, que o poupa e a seus comandados. E Ocozias morre após o curto reinado de um ano. </span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><strong>Elias não morre, mas é arrebatado por Deus, para retornar no fim do mundo</strong> </span></span><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPLEM7fYmzTuPZh3O_4fTSLIL5AooJLlRmc3BFdJsZ6pDG4lYts28TyNntiWvHbEyPdSAQj_tj-HV_m5GGdtjgb03kqcS68B1-qZPJFDwSCTDdtH_A08UVcCvEy1QjwSzTgBVU7Kb0ww/s1600/santo_elias.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="211" m$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPLEM7fYmzTuPZh3O_4fTSLIL5AooJLlRmc3BFdJsZ6pDG4lYts28TyNntiWvHbEyPdSAQj_tj-HV_m5GGdtjgb03kqcS68B1-qZPJFDwSCTDdtH_A08UVcCvEy1QjwSzTgBVU7Kb0ww/s320/santo_elias.jpg" width="320" /></a></div><span style="color: #660000; font-size: large;">Elias executa o tríplice encargo divino. Aproxima-se então o momento de ele abandonar a Terra. Para o comum dos homens isso significa pura e simplesmente morrer. Porém, para Elias, o Profeta das grandes exceções, a Providência tem outros planos. Arrebatado num carro de fogo e levado por Deus para lugar desconhecido, o Profeta deixa seu manto a Eliseu, seu discípulo e sucessor. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Cerca de 900 anos se passam e, no Monte Tabor, na cena empolgante da transfiguração de Jesus, Elias aparece, juntamente com Moisés, ao lado de Nosso Senhor. Do misterioso lugar onde presentemente se encontra, contempla ele o desenrolar da história da salvação, à espera do momento de voltar a intervir diretamente nos acontecimentos da Terra e preparar a segunda vinda de Cristo antes do Juízo Final. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">E então, mais do que nunca, aplicar-se-á a Elias o elogio que dele faz o Espírito Santo: <em>“E quem pode pois, ó Elias, gloriar-se como tu? Tu que fizeste sair um morto do sepulcro..., que precipitaste os reis na desgraça e desfizeste sem trabalho o seu poder..., que ouviste sobre o Sinai o juízo do Senhor, e sobre o Horeb os decretos de sua vingança; que sagraste reis para vingar crimes, e fizeste profetas para teus sucessores; que foste arrebatado num redemoinho de fogo...; tu, de quem está escrito que virás para abrandar a ira do Senhor, para reconciliar o coração dos pais com os filhos, e para restabelecer as tribos de Jacó. Bem-aventurados os que te viram e que foram honrados com a tua amizade”</em> (Ecles. XLVIII, 4-11). </span><br />
<br />
<div align="left"><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;"><strong>A Gruta de Elias</strong> </span></span></div><div align="left"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSNfLthoYyXrpn52Y3GmQW0PUxov-Rd09HLDprN9Fqpqogi_LaTCB1Wk1GZ02mIxrh7WwzmYy1XkI7xThMSLhN78wVaNo35P5Xr_JWrGlAJhihWT_uktoqCWaCIhhFeiRpbn4A44AEkg/s1600/GetAttachment4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" m$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSNfLthoYyXrpn52Y3GmQW0PUxov-Rd09HLDprN9Fqpqogi_LaTCB1Wk1GZ02mIxrh7WwzmYy1XkI7xThMSLhN78wVaNo35P5Xr_JWrGlAJhihWT_uktoqCWaCIhhFeiRpbn4A44AEkg/s320/GetAttachment4.jpg" width="320" /></a></div><span style="color: #660000; font-size: large;">Haifa, cidade portuária ao norte de Israel. Uma urbe moderna como tantas outras. Com o bulício, o trânsito agitado, os viadutos e arranha-céus de uma mini-São Paulo. Porém, na parte superior do promontório que se adentra pelo mar, a atmosfera é outra. O bulício cessa, as ruas são mais limpas e as residências aprazíveis. No alto do monte que leva o nome <em>Carmelo</em>, (em hebraico, <em>“Jardim de Deus” </em>)<em>, </em>encontra-se indubitavelmente um dos lugares mais abençoados da Terra Santa. No mosteiro dos carmelitas, o peregrino pode visitar sob o coro da igreja, escavada em pedra e envolta pelas sombras acolhedoras do edifício sagrado, a gruta de Elias, pequeno e austero refúgio de um dos varões mais brilhantes da História da humanidade. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Foi aí, nessa humilde gruta, longe e acima do mundo, no silêncio e na contemplação, que Elias rezou com o rosto inclinado por terra, pedindo a Deus que mandasse chuva e terminasse com a tremenda seca que assolava Israel. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Sete vezes ordenara o grande Profeta a seu servo divisar no horizonte, para as bandas do mar, o aparecimento de nuvens. Na sétima vez, o criado voltou dizendo que vira uma nuvenzinha do tamanho de uma pegada, surgindo no horizonte. Era afinal o prenúncio da chuva vindoura. </span><br />
<span style="color: #660000; font-size: large;">Era mais do que isso. Era a promessa da vinda de Nossa Senhora, a Mãe do Salvador do mundo. Assim como a nuvem subia das águas do mar, porém não lhe tendo o sal, assim a Mãe do Redentor surgiria, imaculada, de uma humanidade concebida no pecado original. Desta nuvenzinha cairia uma chuva regeneradora, símbolo de Nosso Senhor Jesus Cristo, Redentor do gênero humano. E assim, na antevisão do nascimento, nove séculos mais tarde, da Santíssima Virgem, tornou-se Elias o primeiro devoto de Maria, o cabeça de uma plêiade de varões que — através de uma impressionante sucessão, que daria na Ordem do Carmo — iriam louvar Maria ao longo de toda a História. E coube a um filho espiritual de Santo Elias, São Simão Stock, receber no ano de 1251 o Escapulário, esse meio ímpar de salvação. </span><br />
<br />
<strong><span style="color: #660000;">Artigo oferecido pela</span> <a href="http://www.catolicismo.com.br/" target="_blank">Revista Catolicismo</a></strong>.Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-50320488804716332082011-06-30T18:49:00.000-07:002011-06-30T19:10:44.143-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><h1 style="margin: 6pt 28.3pt 6pt 2cm;"><span style="color: #660000;"><span style="mso-bookmark: _Toc55724104;"><span style="mso-bookmark: _Toc55723965;"><span style="mso-bookmark: _Toc44910212;"><span style="mso-bookmark: _Toc44909921;"><span style="mso-bookmark: _Toc44907605;"><span style="mso-bookmark: _Toc38246142;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana;">O Sagrado Coração de Jesus</span></b></span></span></span></span></span></span></span></h1><h1 style="margin: 6pt 28.3pt 6pt 2cm;"><span style="color: #660000;"></span> </h1><h1 style="margin: 6pt 28.3pt 6pt 2cm;"><span style="color: #660000;"><a href="" name="_Toc55724105"><span style="mso-bookmark: _Toc55723966;"><span style="mso-bookmark: _Toc44910213;"><span style="mso-bookmark: _Toc44909922;"><span style="mso-bookmark: _Toc44907606;"><span style="mso-bookmark: _Toc38246143;"><span style="mso-bookmark: _Toc55724104;"><span style="mso-bookmark: _Toc55723965;"><span style="mso-bookmark: _Toc44910212;"><span style="mso-bookmark: _Toc44909921;"><span style="mso-bookmark: _Toc44907605;"><span style="mso-bookmark: _Toc38246142;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Verdana; font-style: normal;"><span style="color: #660000; font-size: small;">Legionário, N.º 458, 22 de junho de 1941</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></a><span style="font-size: small;"> - Plinio Corrêa de Oliveira</span></span></h1><div style="margin: 6pt 28.3pt 6pt 2cm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 28.3pt 0pt 2cm;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd3PtGgy8V_tuKVMaOqLfTpZO9Ktf62_9IMUpbLIGM7ovZbnJhKAqLLtjk1NPRmbou3PRuS7VsUx3MEMuy1D4sP_Uw8SKZBiGqxBoVM3TZ5-cw0KfNs47xL2UT_evmovM3hCCib2W0Pg/s1600/MARGAR%257E1.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd3PtGgy8V_tuKVMaOqLfTpZO9Ktf62_9IMUpbLIGM7ovZbnJhKAqLLtjk1NPRmbou3PRuS7VsUx3MEMuy1D4sP_Uw8SKZBiGqxBoVM3TZ5-cw0KfNs47xL2UT_evmovM3hCCib2W0Pg/s320/MARGAR%257E1.JPG" width="206" /></a></div><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span lang="PT-BR">Insistentemente, tem os Santos Padres recomendado que a humanidade intensifique o culto que presta ao Sagrado Coração de Jesus</span><span lang="PT-BR"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a fim de que, regenerado o homem pela graça de Deus e compreendendo que deve ser Deus o centro de seus afetos, possa reinar novamente no mundo aquela tranqüilidade da ordem, da qual mais distante estamos, quanto mais o mundo descamba pela anarquia.</span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 28.3pt 0pt 2cm;"><span lang="PT-BR"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim, não poderia um jornal Católico deixar desapercebida a festa que há dias transcorreu do Sagrado Coração. Não se trata apenas de um dever de piedade imposto pela própria ordem das coisas, mas de um dever que a tragédia contemporânea torna mais tragicamente premente.</span></span></span></div><div class="ASTERISCO" style="margin: 3pt 28.3pt 3pt 2cm;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgomvd4syjTCa-jvLrVYPFF9MMD99BvA7UQDOTCqSGTshE5jSW0pb32Cwhi-OGxtmm5U-c0vGkWhpIgbCWm965T_mUrHYzIToD9hWb-SlHZfLzED5BtfWdcr7FKdm7s5Er6m6Wtz_AKQA/s1600/violencia_infancia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgomvd4syjTCa-jvLrVYPFF9MMD99BvA7UQDOTCqSGTshE5jSW0pb32Cwhi-OGxtmm5U-c0vGkWhpIgbCWm965T_mUrHYzIToD9hWb-SlHZfLzED5BtfWdcr7FKdm7s5Er6m6Wtz_AKQA/s1600/violencia_infancia.jpg" /></a></div><span lang="PT-BR"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> * * *</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 28.3pt 0pt 2cm;"><span lang="PT-BR"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não há quem não se alarme com os extremos de crueldade a que pode chegar o homem contemporâneo. Essa crueldade não se atesta apenas nos campos de batalha. Ela transparece a cada passo, nos grandes e nos pequenos incidentes da vida de todo o dia, através da extraordinária dureza e frieza de coração com que a generalidade das pessoas trata seus semelhantes.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 28.3pt 0pt 2cm;"><span lang="PT-BR"><span style="color: #660000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">As mães em cujas entranhas decresce de intensidade o amor pelos filhos; os maridos que atiram à desgraça um lar inteiro, com o único intuito de satisfazer seus próprios instintos e paixões; os filhos que, indiferentes à miséria ou ao abandono moral em que deixam seus pais, voltam todas as suas vistas para a fruição dos prazeres desta vida; os profissionais que se enriquecem às custas do próximo, mostram muitas vezes uma crueldade fria e calculada, que causa muito mais horror do que os extremos de furor a que a guerra pode arrastar os combatentes. Realmente, se bem que na guerra os atos de crueldade se possam mais facilmente aquilatar, os que os praticam tem, se não a desculpa, ao menos a atenuante de que são impelidos pela violência do combate. Mas aquilo que se trama e se realiza na tranqüilidade da vida quotidiana não pode muitas vezes beneficiar-se de igual atenuante. E isto sobretudo quando não se trata de ações isoladas, mas de hábitos inveterados que multiplicam indefinidamente as más ações.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 28.3pt 0pt 2cm;"><span lang="PT-BR"></span><span lang="PT-BR"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A guerra, tal qual ela é hoje feita, é um índice de crueldade, mas está longe de ser a única manifestação da dureza moral contemporânea.</span></span></span></div><div class="ASTERISCO" style="margin: 3pt 28.3pt 3pt 2cm;"><span lang="PT-BR"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">* * *</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 28.3pt 0pt 2cm;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span lang="PT-BR">Quem diz crueldade diz egoísmo. O homem só prejudica seu próximo por egoísmo</span><span lang="PT-BR">, por desejar beneficiar-se de vantagens a que não tem direito. Assim, pois, o único meio de extirpar a crueldade consiste em extirpar o egoísmo.</span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 28.3pt 0pt 2cm;"><span lang="PT-BR"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ora, a teologia nos ensina que o homem só pode ser capaz de verdadeira e completa abnegação de si mesmo quando seu amor ao próximo é baseado no amor de Deus. Fora de Deus não há, para os afetos humanos, estabilidade nem plenitude. Ou o homem ama a Deus a ponto de se esquecer de si mesmo, e neste caso ele saberá realmente amar o próximo; ou o homem se ama a ponto de se esquecer de Deus, e, neste caso, o egoísmo tende a dominá-lo completamente.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 28.3pt 0pt 2cm;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHWc2CzyWIquZyg2-IWD2Lj7DPy8y4C-5XFucMp9m8buEFrywtccD2KKdnYCbclaHElEUv7vE_NSrrUHqahJoW7MMMZ-TxJ9f-qlkdGDvrGe9Wwr6BYDRiIAm64N-KY083pKzX3iryKQ/s1600/Vitral-Sagrado-Coracao.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHWc2CzyWIquZyg2-IWD2Lj7DPy8y4C-5XFucMp9m8buEFrywtccD2KKdnYCbclaHElEUv7vE_NSrrUHqahJoW7MMMZ-TxJ9f-qlkdGDvrGe9Wwr6BYDRiIAm64N-KY083pKzX3iryKQ/s320/Vitral-Sagrado-Coracao.jpg" width="222" /></a></div><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span lang="PT-BR">Assim, é só aumentando nos homens o amor de Deus, que se poderá conseguir deles uma profunda compreensão de seus deveres para com o próximo. Combater o egoísmo é tarefa que implica necessariamente em “dilatar os espaços do amor de Deus”, segundo a belíssima frase de Santo Agostinho</span><span lang="PT-BR">.</span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 28.3pt 0pt 2cm;"><span lang="PT-BR"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ora, a festa do Sagrado Coração de Jesus é, por excelência, a festa do amor de Deus. Nela, a Igreja nos propõe como tema de meditações e como alvo de nossas preces o amor <span class="SpellE">terníssimo</span> e invariável de Deus que, feito homem, morreu por nós. Mostrando-nos o Coração de Jesus a arder de amor a despeito dos espinhos com que O circundamos por nossas ofensas, a Igreja abre para nós a perspectiva de um perdão misericordioso e largo, de um amor infinito e perfeito, de uma alegria completa e imaculada, que devem constituir o encanto perene da vida espiritual de todos os verdadeiros católicos.</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 28.3pt 0pt 2cm;"><span lang="PT-BR"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Amemos o Sagrado Coração de Jesus. Esforcemo-nos por que essa devoção triunfe autenticamente (e não apenas através de alguns <span class="SpellE">simbolismos</span> da realidade) em todos os lares, em todos os ambientes e, sobretudo, em todos os corações. Só assim conseguiremos reformar o homem contemporâneo.</span></span></span></div><div class="ASTERISCO" style="margin: 3pt 28.3pt 3pt 2cm;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtrwuJwreUrKYAX1DiOPB4WVQMC0CU7q2ErHb0N2jzMwyo6kyMs3owfBvZ1jOf9GH18nxBlbJDO6XqGgNSu-5ieVc6qcaAeEgIuEIk4B9CrpuH42HKHt-C9ci1DhH3qeOMBG5rCgetOA/s1600/OgAAAHEET9sxcbPSg67rtwfqHNkofxqprtRczxXLGvdIFtFG7aq9QTyONftD7lqds8WSSMjtNUGA7k5vuPl2PZD6mUEAm1T1UConUve2dTqUyOj__7LAv9blxzEJ.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtrwuJwreUrKYAX1DiOPB4WVQMC0CU7q2ErHb0N2jzMwyo6kyMs3owfBvZ1jOf9GH18nxBlbJDO6XqGgNSu-5ieVc6qcaAeEgIuEIk4B9CrpuH42HKHt-C9ci1DhH3qeOMBG5rCgetOA/s320/OgAAAHEET9sxcbPSg67rtwfqHNkofxqprtRczxXLGvdIFtFG7aq9QTyONftD7lqds8WSSMjtNUGA7k5vuPl2PZD6mUEAm1T1UConUve2dTqUyOj__7LAv9blxzEJ.jpg" width="208" /></a></div><span lang="PT-BR"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">* * *</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 3pt 28.3pt 0pt 2cm;"><span lang="PT-BR"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“<span class="SpellE"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ad</i></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> <span class="SpellE">Jesum</span> per <span class="SpellE">Mariam</span></i>”. Por Maria é que se vai a Jesus. Escrevendo sobre a festa do Sagrado Coração, como não dizer uma palavra de comoção filial ante esse Coração Imaculado que, melhor do que qualquer outro, compreendeu e amou o Divino Redentor? Que Nossa Senhora nos obtenha algumas faiscas daquela imensa devoção que tinha ao Sagrado Coração de Jesus. Que Ela consiga atear em nós um pouco daquele incêndio de amor com que Ela ardeu tão intensamente, são nossos votos dentro desta oitava suave e confortadora.</span></span></span></div></div>Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-25248613404917669722011-06-01T07:45:00.000-07:002011-06-01T07:46:57.306-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="titulo"><b><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #660000;"><i>O </i>Escudo<i> do Sagrado Coração de Jesus</i></span></span></b></div><div class="olho"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="olho"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-Md0fKotR5VorfGObtT_36ehMN8JjsqrtFAPsmTFl5avyZJE5CkPh00UYNvRvuJOQizUa_s4t_ngvwz5yVxtRjO5m8RtEIK3mG6VZSYKezCNN-k0z6faiWuE6BEFMqWL_qHJE4tpVfQ/s1600/ESCUDO_MAO.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #660000;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-Md0fKotR5VorfGObtT_36ehMN8JjsqrtFAPsmTFl5avyZJE5CkPh00UYNvRvuJOQizUa_s4t_ngvwz5yVxtRjO5m8RtEIK3mG6VZSYKezCNN-k0z6faiWuE6BEFMqWL_qHJE4tpVfQ/s1600/ESCUDO_MAO.jpg" t8="true" /></span></a></div><span style="color: #660000; font-size: large;"><em>Uma devoção mais atual e necessária do que nunca para a efetiva obtenção do que há 2000 anos todos os verdadeiros cristãos vêm pedindo, quando rezam: “Venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa Vontade, assim na Terra como no Céu”.</em></span></div><div class="autor"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="autor"><span style="font-size: small;"><span style="color: #660000;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> •</span> </span><u>Helvécio Alves</u> </span></span></div><div class="autor"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Se hoje Nosso Senhor Jesus Cristo voltasse à Terra, poderia ser novamente crucificado! Por quê? Por que tanta maldade contra Aquele a Quem devemos nossa salvação? Contra Aquele que se ofereceu como vítima para redimir os pecados dos homens? Contra Alguém que só deseja o nosso bem? </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Para responder tudo numa só frase: a espantosa ingratidão dos homens. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Ingratidão que, devido aos nossos pecados, à dureza de nossos corações, impede-nos de corresponder ao amor do Divino Redentor, que ofereceu sua vida por nós. Que nos impede sermos gratos, amando sobre todas as coisas Aquele que tanta dileção teve pelos homens e por eles foi tão pouco amado.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Devido a essa incorrespondência da humanidade a seu Criador, ela se encontra atualmente submersa numa corrupção moral generalizada e sem precedentes. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Mas abandonaria a Providência Divina os homens, deixando-os entregues a si mesmos, afundados em sua impiedade e depravações? </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Não. Apesar de todas as ofensas contra Aquele que morreu por nós, a inesgotável misericórdia de Deus jamais abandona os homens, mesmo quando envia seus justos e imprescindíveis castigos. Ela nunca deixa de dispensar abundantes graças, incitando os homens ao arrependimento. Mas é necessário reparar o pecado cometido, retornar à observância dos Mandamentos, e, mediante a conversão, alcançar o perdão e as graças tão necessárias para uma vida virtuosa e a salvação eterna. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Para isso, sem dúvida, uma das maiores graças é a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Desse adorável Coração, transpassado pela lança de Longinus, jorrou sangue e água no alto do Calvário, para nos salvar (cfr. Jo 19,34). Desse adorável Coração, ainda em nossos dias, e apesar de nossas ingratidões, tibiezas e desprezos, as graças jorram abundantes para todos aqueles que sinceramente as desejem. Basta que as peçamos com toda confiança. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="corpo"><em><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong>“Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rom 5,20)</strong></span></em></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><br />
</span><br />
<div class="corpo"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJBLQSWBwOkfOf1PM69XTc_sAKvkFCTedISoZBAPfb9ZvDzdSnaM1qCTGJIgpg5zLs2qcGcMfj39p10MEkWC9G1gym3zO-mLGRq_OqrJ_RDktKIAGVaeFAvSn37xcFhcZm8V5hizcV6w/s1600/Santa+margarida.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="color: #660000;"><img border="0" height="320px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJBLQSWBwOkfOf1PM69XTc_sAKvkFCTedISoZBAPfb9ZvDzdSnaM1qCTGJIgpg5zLs2qcGcMfj39p10MEkWC9G1gym3zO-mLGRq_OqrJ_RDktKIAGVaeFAvSn37xcFhcZm8V5hizcV6w/s320/Santa+margarida.jpg" t8="true" width="220px" /></span></a></div><span style="color: #660000; font-size: large;">Ainda atualmente ecoam as sublimes palavras de 328 anos atrás. Palavras que soam num timbre divino, como vindas da eternidade, pronunciadas entretanto no recolhimento de um humilde convento, mas que atravessam os séculos. Foram dirigidas a uma privilegiadíssima freira do convento da Visitação de Santa Maria, em Paray-le-Monial (Borgonha, França). Trata-se de Santa Margarida Maria Alacoque (1647 - 1690).</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Estava ela rezando diante do Santíssimo Sacramento, a 16 de junho de 1675, quando Nosso Senhor lhe aparece. Depois de um breve diálogo, Ele aponta para seu próprio Coração e diz:</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"> <i>“Eis aqui o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-se e consumir-se, para testemunhar-lhes seu amor; e, por reconhecimento, não recebe da maior parte deles senão ingratidões, por suas irreverências, sacrilégios e pelas indiferenças e desprezos que têm por Mim no Sacramento do amor. Mas o que Me é ainda mais penoso é que corações que Me são consagrados agem assim. </i></span></span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> "Por isso, Eu te peço que a primeira sexta-feira depois da oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa especial para honrar meu Coração, comungando-se neste dia e fazendo-Lhe um ato de reparação, em satisfação das ofensas recebidas durante o tempo que estive exposto nos altares. Eu te prometo também que meu Coração se dilatará para distribuir com abundância as influências de seu divino amor sobre aqueles que Lhe prestem culto e que procurem que Lhe seja prestado".¹</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><span style="font-size: large;"></span><span style="color: #660000;"><em> </em><span style="font-size: large;">Para impulsionar o piedoso costume de portar consigo o <i>Escudo</i>, o Bem-aventurado Pio IX concedeu, em 1872, 100 dias de indulgência para todos os que, portando essa insígnia, rezassem diariamente um Padre Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Pai <span style="font-size: xx-small;">8</span>.</span></span><br />
<div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Depois disso, o Santo Padre compôs esta bela oração:</span></div><div class="corpo"><i><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">“Abri-me o vosso Sagrado Coração, ó Jesus!... mostrai-me os seus encantos, uni-me a Ele para sempre. Que todos os movimentos e palpitações do meu coração, mesmo durante o sono, Vos sejam um testemunho do meu amor e Vos digam sem cessar: Sim, Senhor Jesus, eu Vos adoro... aceitai o pouco bem que pratico... fazei-me a mercê de reparar o mal cometido... para que Vos louve no tempo e Vos bendiga durante toda a eternidade. Amém”</span> <span style="font-size: xx-small;">9</span>.</span></i></div><span style="color: #660000;"><br />
</span><br />
<div class="subtitulo"><em><strong><span style="color: #660000; font-size: large;">“O Sagrado Coração será a salvação do mundo”</span></strong></em></div><div class="subtitulo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="corpo"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZYi3Ycbp2FPZ5q3q2vpjwzi-pOB2yZISnKfqkbzZqFYYyQjDb3avVf964SV6igwPIaEk8lYoh3GLn283U3hThvWSdjGSS080MwP1wS72A1xwul6rS1fdidtNKrvwfu7hKs5Qq1AJVsw/s1600/ESCUDO_PADRE.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #660000;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZYi3Ycbp2FPZ5q3q2vpjwzi-pOB2yZISnKfqkbzZqFYYyQjDb3avVf964SV6igwPIaEk8lYoh3GLn283U3hThvWSdjGSS080MwP1wS72A1xwul6rS1fdidtNKrvwfu7hKs5Qq1AJVsw/s1600/ESCUDO_PADRE.jpg" t8="true" /></span></a></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> Entretanto, apesar do pungente dessa revelação — bem como das demais promessas de Paray-le-Monial —, hoje ela caiu no esquecimento. Não podemos permanecer ingratos e indiferentes diante dessa suprema manifestação de bondade e amor. Temos uma premente necessidade de desagravar o Sagrado Coração de Jesus, atender seu pedido e difundir seu culto. Nossa reparação atrairá a misericórdia de Deus e as abundantes graças indispensáveis para a salvação da humanidade, tão distanciada dos preceitos divinos. </span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><i>“A Igreja e a sociedade não têm outra esperança senão no Sagrado Coração de Jesus; é Ele que curará todos os nossos males. Pregai e difundi por todas as partes a devoção ao Sagrado Coração, ela será a salvação para o mundo”<sup>2 </sup></i>. Essa impressionante afirmação é do Papa Pio IX (1846-1878) — recentemente beatificado — ao Padre Julio Chevalier, fundador dos <i>Missionários do Coração de Jesus,</i> mostrando que nessa devoção depositava toda sua esperança. </span></span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="subtitulo"><strong><em><span style="color: #660000; font-size: large;">Poderosa proteção que nos vem do Céu</span></em></strong></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;">A revista<em><strong> Catolicismo</strong></em>, já em diversas ocasiões, tem divulgado matérias sobre a devoção ao Sacratíssimo Coração de Jesus (por exemplo, nas edições de junho/1986, julho/1988, junho/1992 e junho/1994). No presente mês de junho, que tem todos os seus dias consagrados ao Sagrado Coração, e cuja festa principal comemoramos no dia 27, desejamos abordar, entre as várias e magníficas promessas desse adorável Coração, uma que ainda não apresentamos nestas páginas: a devoção ao <i>Detente,</i> o <i>Escudo do Sagrado Coração de Jesus. </i></span></span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Essa piedosa prática, outrora muito difundida entre os católicos, é um modo simples, mas esplêndido, de manifestarmos permanentemente nossa gratidão e amor ao Sagrado Coração, vítima de nossos pecados. E, ao mesmo tempo, d´Ele recebermos inúmeros benefícios e uma proteção extraordinária contra todos os perigos. Esse é o tema que passaremos a expor. </span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="subtitulo"><b><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><i>O que é um </i>Detente<i>? Uma armadura espiritual?</i></span></span></b></div><div class="subtitulo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="corpo"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeSBqPSmkMpVdkRkuaOKnE3_HAPQmsB6Y9MqjPAbYCRZNCOzKsDyHC03ndvqbzIOkACevPJgezhbHqbaZpqTTU_fC8ATItWKrKdAQelIUxekbVPe3r_0V0kGElT_I7Q1QADJAFVOsFFA/s1600/detente.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #660000;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeSBqPSmkMpVdkRkuaOKnE3_HAPQmsB6Y9MqjPAbYCRZNCOzKsDyHC03ndvqbzIOkACevPJgezhbHqbaZpqTTU_fC8ATItWKrKdAQelIUxekbVPe3r_0V0kGElT_I7Q1QADJAFVOsFFA/s1600/detente.jpg" t8="true" /></span></a></div><span style="color: #660000; font-size: large;">É um poderoso <i>Escudo</i> que a Divina Providência colocou à nossa disposição, a fim de nos proteger contra os mais diversos perigos que enfrentamos em nosso dia-a-dia. Para isso, basta levá-lo consigo, não havendo necessidade de ser bento, pois o bem-aventurado Papa Pio IX estendeu sua bênção a todos os <i>Escudos — </i>como veremos adiante. </span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><i> Detente</i>, ou <i>Escudo do Sagrado Coração de Jesus — </i>também conhecido como <i>bentinho, salvaguarda,</i> ou mesmo como <i>pequeno escapulário do Sagrado Coração</i> — é um emblema com a imagem do Sagrado Coração e a divisa: <b><i>Alto! O Coração de Jesus está comigo.</i></b> <b><i>Venha a nós o Vosso Reino! </i></b></span></span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;">É comum levarmos no bolso, ou em nossas carteiras, pastas etc., fotografias de pessoas a quem muito queremos (pais ou filhos, por exemplo). Assim, ter consigo o <i>Detente </i>é um meio de expressar nosso amor ao Sagrado Coração de Jesus; sinal de nossa confiança em sua proteção contra as armadilhas do demônio e perigos de toda ordem. Levando conosco esse <i>Escudo,</i> estaremos continuamente como que afirmando: <i>Alto! Detenha-te, demônio; detenha-se toda maldade; todo perigo; todo desastre; detenham-se todos os assaltos; todas as balas de bandidos; todas as tentações; detenha-se todo inimigo; toda enfermidade; detenham-se nossas paixões desordenadas — pois o Sagrado Coração de Jesus está comigo! </i></span></span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Portar esse <i>Escudo </i>auxilia-nos, além dessas e de tantas outras proteções, a recordar continuamente as promessas do Sagrado Coração de Jesus; é símbolo de nossa total confiança na proteção divina; é um sinal de nossa permanente súplica e fidelidade a Nosso Senhor e um pedido de que Ele faça nossos corações semelhantes ao d’Ele.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="subtitulo"><b><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><i>Origem do </i>Escudo do Sagrado Coração de Jesus</span></span></b></div><div class="subtitulo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="corpo"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf0tM6PIGnDTr1Nd1o4iffnKe_ZT2pAU2zDyAFia_QizYR0qkeg5jbbm2d_ONpgYIkwL1fb71zOJ3Unm6uotUgnIH-X_Vwswrca33gYy5U477C9Ti1leai1nX1_CyYHxKkxQKbhRb55g/s1600/andreas+hofer.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #660000;"><img border="0" height="320px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf0tM6PIGnDTr1Nd1o4iffnKe_ZT2pAU2zDyAFia_QizYR0qkeg5jbbm2d_ONpgYIkwL1fb71zOJ3Unm6uotUgnIH-X_Vwswrca33gYy5U477C9Ti1leai1nX1_CyYHxKkxQKbhRb55g/s320/andreas+hofer.jpg" t8="true" width="147px" /></span></a></div><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"> Santa Margarida Maria Alacoque — como testemunha sua carta, escrita no dia 2 de março de 1686, dirigida à sua Superiora, Madre Saumaise — transcreve um desejo que lhe fora revelado por Nosso Senhor: <i>“Ele deseja que a Senhora mande fazer uns escudos com a imagem de seu Sagrado Coração, a fim de que todos aqueles que queiram oferecer-Lhe uma homenagem, os coloquem em suas casas; e uns menores, para as pessoas levarem consigo”<a class="sdfootnoteanc" href="http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=506&mes=junho2003&pag=2#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc" sdfixed=""><sup>3</sup></a></i>. Nascia, assim, o costume de portar esses pequenos <i>Escudos. </i></span></span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Essa santa devota do <i>Detente </i>portava-o sempre consigo e convidava suas noviças a fazerem o mesmo. Ela confeccionou muitas dessas imagens e dizia que seu uso era muito agradável ao Sagrado Coração. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> A autorização para tal prática, no início, foi concedida somente aos conventos da Visitação. Depois, foi mais difundida pela Venerável Ana Magdalena Rémuzat (1696-1730). A essa religiosa, também da mesma Ordem da Visitação, falecida em alto conceito de santidade, Nosso Senhor fez saber antecipadamente o dano que causaria uma grave epidemia na cidade francesa de Marselha, em 1720, bem como o maravilhoso auxílio que os marselheses receberiam com a devoção a seu Sagrado Coração. A referida visitandina fez, com a ajuda de suas irmãs de hábito, milhares desses <i>Escudos do Sagrado Coração</i> e os repartiu por toda a cidade onde grassava a peste. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">A história registra que, pouco depois, a epidemia cessou como por milagre. Não contagiou muitos daqueles que portavam o <i>Escudo,</i> e as pessoas contagiadas tiveram um extraordinário auxílio com essa devoção. Em outras localidades ocorreram fatos análogos. A partir de então, o costume se estendeu por outras cidades e países 4 .</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="subtitulo"><strong><em><span style="color: #660000; font-size: large;">Escudo distintivo de contra-revolucionários</span></em></strong></div><div class="subtitulo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="corpo"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIl1_Szpqj6P-KjzRJb_AD24uFTontT3r-1sLk7z7h_yv7XhHiCV0qMtosn8E39zuOqQwoydZuGYoMq9bKO0egVCx4DdUAS_wZiKe9j8Qtp-8yvOePUwBxeL9CsavzyPj23JV2h3x9BA/s1600/contra.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="color: #660000;"><img border="0" height="231px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIl1_Szpqj6P-KjzRJb_AD24uFTontT3r-1sLk7z7h_yv7XhHiCV0qMtosn8E39zuOqQwoydZuGYoMq9bKO0egVCx4DdUAS_wZiKe9j8Qtp-8yvOePUwBxeL9CsavzyPj23JV2h3x9BA/s320/contra.jpg" t8="true" width="320px" /></span></a></div><span style="color: #660000; font-size: large;">Em 1789, eclodiu na França, com trágicas conseqüências para o mundo inteiro, um flagelo muitíssimo mais terrível que qualquer epidemia: a calamitosa Revolução Francesa. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Nesse período, os verdadeiros católicos encontraram amparo no Sacratíssimo Coração de Jesus, e o <i>Escudo </i>protetor era levado por muitos sacerdotes, nobres e populares que resistiram à sanguinária Revolução anticatólica. Até mesmo senhoras da corte, como a Princesa de Lamballe, portavam esses <i>Escudos </i>bordados preciosamente em tecidos. E o simples fato de levá-los consigo transformou-se no sinal distintivo daqueles que eram contrários à Revolução Francesa. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Entre os pertences da Rainha Maria Antonieta, guilhotinada pelo ódio revolucionário, encontraram um desenho do Sagrado Coração, com a chaga, a cruz e a coroa de espinhos, e os dizeres: <i>“Sagrado Coração de Jesus, tende misericórdia de nós!” <a class="sdfootnoteanc" href="http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=506&mes=junho2003&pag=2#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc" sdfixed=""><sup>5</sup></a></i>.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Outra Rainha de França, também devota do <i>Detente,</i> foi Maria Leszczynska. Em 1748 ela recebeu de presente, do Papa Bento XIV, vários <i>Escudos do Sagrado Coração, </i>por ocasião de seu matrimônio com o Rei Luís XV. De acordo com as memórias desse tempo, entre os presentes enviados pelo Pontífice havia <i>“muitos Escudos do Sagrado Coração, feitos em tafetá vermelho e bordados em ouro” <a class="sdfootnoteanc" href="http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=506&mes=junho2003&pag=2#sdfootnote2sym" name="sdfootnote2anc" sdfixed=""><sup>6</sup></a></i>. </span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="subtitulo"><em><strong><span style="color: #660000; font-size: large;">Heroísmo dos devotos do Sagrado Coração de Jesus</span></strong></em></div><div class="subtitulo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Na região da Mayenne (oeste da França), os <i>Chouans </i>— heróicos resistentes católicos, que enfrentaram com bravura e ardor religioso os revolucionários franceses de 1789 — bordavam em seus trajes e bandeiras o <i>Escudo do Sagrado Coração de Jesus. </i>Era como se fosse um brasão e, ao mesmo tempo, uma armadura: “brasão” usado para reafirmar sua Fé católica; “armadura” para defenderem-se contra as investidas adversárias.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Também como “armadura espiritual”, esse <i>Escudo</i> foi ostentado por muitos outros líderes e heróis católicos que morreram ou lutaram em defesa da Santa Igreja, como os bravos camponeses seguidores do aguerrido tirolês Andreas Hofer (1767-1810), conhecido como <i>“o Chouan do Tirol”.</i> Esses portavam o <i>Escudo</i> para se protegerem nas lutas contra as tropas napoleônicas que invadiram o Tirol.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><b> </b>Um fato histórico semelhante ocorreu, na época atual, em Cuba. Os católicos cubanos que não se deixaram subjugar pelo regime comunista, e o combateram, tinham especial devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Quando presos e levados para o “paredón” (onde eram sumariamente fuzilados), enfrentaram os carrascos fidelcastristas bradando <i>“Viva Cristo Rei! </i>— seguindo o exemplo de seus irmãos no ideal católico, os <i>Cristeros,</i> no México, também martirizados por ódio à Fé, no início do século XX.</span></span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><i> </i>Na antiga <i>Pérola das Antilhas</i> (atual <i>Ilha Presídio</i>) antes de ser escravizada pela tirania de Fidel Castro, havia muitas estátuas do Sagrado Coração de Jesus em suas bem arborizadas praças. Mas, após a dominação comunista, as belas estátuas do Sagrado Coração de Jesus foram derrubadas e — pasme o leitor — substituídas por estátuas de Che Guevara... A estátua do guerrilheiro que tinha suas mãos tintas de sangue inocente, desse revolucionário que fez correr um rio de sangue por vários países latino-americanos, colocada em lugar da imagem do Sagrado Coração, que representava a misericórdia divina e o perdão! </span></span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="corpo"><div class="subtitulo"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><b><i>O bem-aventurado Papa Pio IX e o </i>Detente</b> </span></span></div><div class="subtitulo"><span style="font-size: large;"><br />
<span style="color: #660000;"></span></span></div><div class="corpo"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6IQcinsRdlDV0m86wDnhWusVE2XOotih3a8L1QcOwvb8NsTdZUaOdEoPSRe2smPi-Fc7-CzbwGK_gA-plR4qGtfj-_jDojKcxAHFqMphi0TN2dnnFWUXlDwya1TwwmRN8YrU2YO80og/s1600/cerroangeles1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #660000;"><img border="0" height="311px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6IQcinsRdlDV0m86wDnhWusVE2XOotih3a8L1QcOwvb8NsTdZUaOdEoPSRe2smPi-Fc7-CzbwGK_gA-plR4qGtfj-_jDojKcxAHFqMphi0TN2dnnFWUXlDwya1TwwmRN8YrU2YO80og/s320/cerroangeles1.jpg" t8="true" width="320px" /></span></a></div><span style="color: #660000; font-size: large;"> Em 1870, uma senhora romana, desejando saber a opinião do Sumo Pontífice Pio IX a respeito do <i>Escudo do Sagrado Coração de Jesus</i>, apresentou-lhe um. Comovido à vista desse sinal de salvação, o Papa concedeu aprovação definitiva a tal devoção e disse: <i>“Isto é, senhora, uma inspiração do Céu. Sim, do Céu”. </i>E, depois de breve recolhimento, acrescentou: </span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;">“<em>Vou benzer este Coração, e quero que todos aqueles que forem feitos segundo este modelo recebam esta mesma bênção, sem ser necessário que algum outro padre a renove. Ademais, quero que Satanás de modo algum possa causar dano àqueles que levem consigo o Escudo, símbolo do Coração adorável de Jesus”</em><span style="font-size: xx-small;">7</span><em>.</em></span></span><br />
<span style="color: #660000;"><em> </em><span style="font-size: large;">Para impulsionar o piedoso costume de portar consigo o <i>Escudo</i>, o Bem-aventurado Pio IX concedeu, em 1872, 100 dias de indulgência para todos os que, portando essa insígnia, rezassem diariamente um Padre Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Pai</span> 8.</span><br />
<span style="color: #660000;"><br />
</span><br />
<div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Depois disso, o Santo Padre compôs esta bela oração:</span></div><div class="corpo"><i><span style="color: #660000; font-size: large;">“Abri-me o vosso Sagrado Coração, ó Jesus!... mostrai-me os seus encantos, uni-me a Ele para sempre. Que todos os movimentos e palpitações do meu coração, mesmo durante o sono, Vos sejam um testemunho do meu amor e Vos digam sem cessar: Sim, Senhor Jesus, eu Vos adoro... aceitai o pouco bem que pratico... fazei-me a mercê de reparar o mal cometido... para que Vos louve no tempo e Vos bendiga durante toda a eternidade. Amém” <sup>9</sup>.</span></i></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="subtitulo"><i><b><span style="color: #660000; font-size: large;">O Escudo em ocasiões de grande perigo</span></b></i></div><div class="subtitulo"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">Em nossos tempos em que, devido à violência avassaladora e generalizada, os perigos nos ameaçam de todos os lados, é de primordial importância o uso do <i>Escudo do Sagrado Coração de Jesus. </i>Levando-o conosco — pode-se também colocá-lo em nossa casa, junto ao material escolar dos filhos, no automóvel, local de trabalho, sob o travesseiro de um enfermo etc. — estaremos, no interior de nossas almas, como que repetindo o que disse o Apóstolo São Paulo: <i>“Se Deus está conosco, quem estará contra nós?” </i>(Rom 8,31). Pois não há perigo de que Ele não possa nos livrar. E mesmo em meio às dificuldades que a Providência envie para nos provar, estaremos confiantes na proteção divina, que nunca abandona aqueles que recorrem pedindo amparo e proteção.</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;"> Evidentemente, se nosso pedido de auxílio for feito por meio da Santíssima Mãe de nosso Divino Redentor, Ele nos ouvirá com muito mais agrado e mais rapidamente nos atenderá. Pois Ele a constituiu Medianeira de todas as graças, dando-nos assim uma prova ainda maior de amor, ao nos dar por Mãe sua própria Mãe. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="subtitulo"><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong><em>O reinado social do Coração de Jesus e Maria</em></strong></span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="corpo"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy4gRZf0WGxTVj_JCKnETQMq0z2OBZyPOhBCoWozFYjNwQ4Vr4BkW97NJ3RhQhqYli967zISc-YEDzhQuTn_8a1wWg3eNq86HM26gDVdRc9iw9yHdjTYWu8B0v4aqpJ0NTRcOHyCBUEw/s1600/reinado.bmp" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="color: #660000;"><img border="0" height="320px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy4gRZf0WGxTVj_JCKnETQMq0z2OBZyPOhBCoWozFYjNwQ4Vr4BkW97NJ3RhQhqYli967zISc-YEDzhQuTn_8a1wWg3eNq86HM26gDVdRc9iw9yHdjTYWu8B0v4aqpJ0NTRcOHyCBUEw/s320/reinado.bmp" t8="true" width="257px" /></span></a></div><em><span style="color: #660000; font-size: large;">“Nada nos pode dar maior confiança, esperança mais fundada, estímulo mais certo, do que a convicção de que em todas as nossas misérias, em todas as nossas quedas, não temos apenas, a nos olhar com o rigor de Juiz, a infinita Santidade de Deus, mas também o coração cheio de ternura, de compaixão, de misericórdia, de nossa Mãe Celeste” . Escreveu Plinio Corrêa de Oliveira nas páginas do "Legionário". </span></em></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;">O inolvidável fundador da TFP prossegue: <i>“Onipotência suplicante, Ela saberá conseguir para nós tudo quanto nossa fraqueza pede para a grande tarefa de nosso reerguimento moral. Com este coração, todos os terrores se dissipam, todos os desânimos se esvaem, todas as incertezas se desanuviam. O Coração Imaculado de Maria é a Porta do Céu, aberta de par em par aos homens de nosso tempo, tão extremamente fracos. E esta porta, ninguém a poderá fechar — nem o demônio, nem o mundo, nem a carne.</i></span></span></div><em><span style="color: #660000;"></span></em><br />
<div class="corpo"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="corpo"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-_oys3gGLEetinzd0o_H0vLxGmEE02cz7z9xtJGNmcX2oOKoXZ7kdcFXR6FXdcDDJpb1lF8CbyL8zO2fm58xvUtXjR-GKdatuGZU1zwxllv1H2BO8iQopxtCdxR83m-ZCECQ_CGgRZQ/s1600/IMAGEM%257E1.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="color: #660000;"><img border="0" height="320px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-_oys3gGLEetinzd0o_H0vLxGmEE02cz7z9xtJGNmcX2oOKoXZ7kdcFXR6FXdcDDJpb1lF8CbyL8zO2fm58xvUtXjR-GKdatuGZU1zwxllv1H2BO8iQopxtCdxR83m-ZCECQ_CGgRZQ/s320/IMAGEM%257E1.JPG" t8="true" width="136px" /></span></a></div><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;">Em Fátima, no dia 13-7-1917 — mais de três séculos após as aparições de Paray-le-Monial — Nossa Senhora confirma indiretamente a revelação feita à santa confidente do Sagrado Coração de Jesus, quando afirmou categoricamente: <b><i>“Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”.</i></b></span></span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000; font-size: large;">É a confirmação da vitória final, com a efetivação da realeza sagrada do Coração de Jesus e Maria sobre a Terra inteira; do restabelecimento do reino social de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre todos os corações, sobre todos os povos. </span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><span style="font-size: large;">Com a realização dessas duas grandes promessas, estará sendo atendida a súplica que há 2000 anos a Cristandade vem fazendo, ao rezar o <i>Padre Nosso: “Venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa Vontade, assim na Terra como no Céu” </i>(Mt 6,9-13)<i>. </i>O que — vem a propósito relembrar, no final deste artigo — corresponde à inscrição que consta na parte inferior do maravilhoso </span><i><span style="font-size: large;">Escudo do Sagrado Coração de Jesus</span>. </i></span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="corpo"><em><span style="color: #660000;">Fontes:</span></em></div><div class="corpo"><a href="http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=506&mes=junho2003&pag=3"><span style="color: #660000;">http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=506&mes=junho2003&pag=3</span></a></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><span style="color: #660000;"><br />
</span><br />
<div class="corpo"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;"><i>Fazer apostolado é, essencialmente, salvar almas. Aos que se interessam pelo apostolado, nada deve importar mais do que o conhecimento das devoções providenciais com que o Espírito Santo enriquece a Santa Igreja em cada época, para a utilidade das almas. O Sumo Pontífice atualmente reinante </i>[Pio XII] <i>aponta duas devoções: a do Sagrado Coração de Jesus, a do Coração Imaculado de Maria.</i></span></span></div><div class="corpo"><i><span style="color: #660000; font-size: large;">Aparecendo em Fátima, Nossa Senhora disse textualmente aos pastorinhos que uma intensa devoção ao Coração Imaculado de Maria seria o meio de salvação do mundo contemporâneo. Milagres sem conta têm atestado a autenticidade da mensagem celeste. Não nos resta senão conformarmo-nos ao ditame que dela decorre. Se essa é a salvação do mundo, se queremos salvar o mundo, apregoemos o meio providencial para sua salvação. <b>No dia em que tivermos legiões de pessoas verdadeiramente devotas do Coração Imaculado de Maria, o Coração de Jesus reinará sobre o mundo inteiro. </b>Com efeito, essas duas devoções não se podem separar. A devoção a Maria Santíssima é a atmosfera própria da devoção a Nosso Senhor. O verão traz as flores e os frutos. A devoção a Nossa Senhora gera como fruto necessário o amor sem reservas a Nosso Senhor Jesus Cristo. E, no dia em que o mundo inteiro voltar a Jesus por Maria, o mundo estará salvo” <span style="font-size: x-small;">10</span>.</span></i></div><div class="corpo"><span style="color: #660000;"><br />
</span></div><div class="subtitulo"><span style="color: #660000; font-size: large;"><strong>Analogia entre Paray-le-Monial e Fátima </strong></span></div><div class="corpo"><span style="font-family: Arial;"><span style="color: #660000; font-size: large;"> </span></span></div><div class="corpo"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #660000;">Em Paray-le-Monial, Nosso Senhor disse a Santa Margarida Maria Alacoque: <i>“Não receeis nada; <b>Eu reinarei apesar de meus inimigos </b>e de todos aqueles que a isso queiram se opor” <span style="font-size: x-small;">11</span>.</i></span></span></span></div></div></div></div></div>Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1520851999440245474.post-72291878411630751072011-03-13T06:19:00.000-07:002011-03-13T09:43:30.008-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><div class="titulo"><span style="font-size: x-large;">São José, Patrono da Igreja</span></div><div class="olho"><span style="font-size: large;">Alma ardente, contemplativa e cheia de carinho</span></div><div class="olho" style="text-align: right;"><br />
</div><div class="autor" style="text-align: right;"><strong><u>Plinio Corrêa de Oliveira</u></strong></div><div class="autor"><br />
</div><div class="autor"><br />
</div><div class="corpo"></div><table align="left" border="0" cellpadding="10" cellspacing="0" style="width: 1px;"><tbody>
<tr><td><span style="font-size: large;"><span class="legenda"></span></span></td></tr>
</tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWMcqAcbvub1FwfkrvuzxluPwIV4kjCe9wVu4cqK7JfI0bXrwd8Trpz5XF2j9jCKSPO26JnZ0YcGfMsAJlCgjwA1VFyHzr7QBhOvbXPiLCC0JHpUE2dW_XA_rT9pL096C_6KT-kGPN1Q/s1600/imagesCAWHZL1G.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" q6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWMcqAcbvub1FwfkrvuzxluPwIV4kjCe9wVu4cqK7JfI0bXrwd8Trpz5XF2j9jCKSPO26JnZ0YcGfMsAJlCgjwA1VFyHzr7QBhOvbXPiLCC0JHpUE2dW_XA_rT9pL096C_6KT-kGPN1Q/s320/imagesCAWHZL1G.jpg" width="202" /></a></div><span style="font-size: large;"><span class="titulo">E</span>sta foi a melhor estampa de São José que conheci em minha vida. Trata-se claramente de uma pintura executada por alguém que interpretou bem o papel de São José, e que soube exprimir isso em uma obra artística de boa qualidade.</span><br />
<div class="corpo"><span style="font-size: large;">Viajando pela Europa, estive em muitas catedrais e igrejas famosas onde se encontram imagens de São José. Nunca me deparei com outra que representasse tão bem a fisionomia espiritual do Santo Patrono da Igreja. Não são os traços físicos o que importa, mas a fisionomia espiritual do castíssimo esposo de Maria Santíssima.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Habitualmente os traços apresentados de São José deformam um tanto aquilo que ele deve ter sido. As imagens correntes dele apresentam um homem que, à força de ser simples, torna-se um pouco simplório, olhando e sorrindo à maneira de quem não está compreendendo bem as coisas, a quem falta firmeza de vontade, e que não é um verdadeiro chefe.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">É preciso ressaltar que nas mãos dele Deus entregou o maior tesouro que houve na Terra, do qual jamais haverá similar na História: Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus humanado! É forçoso compreender que Deus só pode ter designado para isso um homem de alto critério, alta prudência, alto discernimento e alto carinho. Mas ao mesmo tempo capaz de enfrentar, com inteligência e força, qualquer dificuldade e qualquer adversário que se lhe opusesse.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Adversários surgiram logo no início. Conhecemos bem a perseguição que Herodes quis mover contra o Menino Jesus, o massacre dos inocentes, a necessidade de fugir para o Egito. Que mentalidade precisava ter esse homem, que coração, que alma de fogo para guiar através de tantos riscos a Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Ele era o esposo fidelíssimo de Nossa Senhora. Entre esposo e esposa é necessário haver certa proporcionalidade. Não pode o esposo ser demasiadamente superior à esposa; nem a esposa ser desmedidamente superior ao esposo. Portanto, deveria ser um homem que tivesse proporção com Maria Santíssima, mas as imagens habitualmente difundidas não exprimem isto.</span></div><div class="corpo"><span style="font-size: large;">Entretanto, neste quadro contemplamos São José em sua pobreza, sua singeleza, um simples operário em Nazaré; mas também um homem de inteligência, de critério e firme. Não é um sábio, nem universitário. Contudo, dotado das credenciais para ser depositário dos segredos de Deus. O que é preciso para isso? Ter alma de fogo, alma ardente, alma contemplativa, alma cheia de carinho. Por essas razões, gosto muito desse quadro.</span></div><div class="asterisco" style="text-align: center;">_________________________________________________________________</div><div class="asterisco" style="text-align: center;">Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira<br />
em 22 de março de 1987. Sem revisão do autor.</div></div>Página Católica Padre David Francisquinihttp://www.blogger.com/profile/09279232401445362506noreply@blogger.com1